Ministro nega pedido para que emissoras deem espaço a Haddad

Sérgio Banhos negou o pedido de medida liminar

30 set 2018 - 18h39
(atualizado às 18h46)

O ministro Sérgio Banhos, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), negou um pedido da coligação "O Povo Feliz de Novo" (PT/ PCdoB/PROS) para conceder uma liminar obrigando a TV Bandeirantes e a rádio Jovem Pan a concederem espaço para uma entrevista com o candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad. Ao negar o pedido de medida liminar, Banhos decidiu aguardar antes uma manifestação das emissoras e do Ministério Público Eleitoral (MPE) sobre o caso.

Ao TSE, a coligação de Haddad pedia "igualdade de oportunidade" depois que os dois veículos de imprensa transmitiram na semana passada entrevistas com o candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro.

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O objetivo da representação era fazer com que a Bandeirantes e a Jovem Pan entrevistassem Haddad nos próximos dias, antes da realização do primeiro turno, marcado para o dia 7 de outubro.

O candidato à Presidência da República, Fernando Haddad (PT)
O candidato à Presidência da República, Fernando Haddad (PT)
Foto: DAVI MAGALHÃES/FUTURA PRESS / Estadão Conteúdo

Segundo a coligação, Bolsonaro teve direito a cerca de 26 minutos na rádio Jovem Pan e a 46 minutos de entrevista com o apresentador José Luiz Datena, na Band, totalizando "uma hora de entrevista em sinal aberto".

Em sua decisão, o ministro Sérgio Banhos alegou que a controvérsia contrapõe, de um lado, a liberdade jornalística e, de outro, o princípio de isonomia entre candidatos.

"Ao meu juízo, a matéria apresenta complexidade que exige análise verticalizada a demandar a oitiva das (emissoras) representadas e a manifestação do Ministério Público Eleitoral. Ante o exposto, entendo ser mais prudente, em prol da liberdade de expressão e do princípio do contraditório, indeferir a liminar, sem prejuízo de reflexão mais aprofundada no momento oportuno", concluiu Banhos.

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Para os advogados da coligação encabeçada por Haddad, Bolsonaro proferiu durante as entrevistas "diversas ofensas ao Partido dos Trabalhadores", "além de promover diversas alusões que chegam a responsabilizar esta agremiação pelo atentado por ele promovido".

"Portanto, a partir destas duas vertentes, é evidente que as entrevistas promovidas pelas representadas (Band e Jovem Pan) configuram tratamento privilegiado, o que deve ser imediatamente reparado por este Tribunal Superior Eleitoral", sustenta a coligação "O Povo Feliz de Novo".

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