O segundo dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2025 ocorreu neste domingo, 16. Entre os vários temas abordados na edição deste ano, um chamou bastante a atenção dos candidatos: um pequeno lagarto chamado Monstro-de-gila.
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Na questão de número 99 do caderno de Biologia, o enunciado mencionava a origem do animal e explicava que seu veneno é matéria-prima para medicamentos como o Ozempic. O item pedia que o estudante comparasse o bioma natural do lagarto com os biomas brasileiros.
A referência à “caneta emagrecedora” despertou curiosidade nas redes sociais. “Caiu Ozempic no Enem?”, escreveu um usuário no X (antigo Twitter). “Qual era a do lagarto?”, perguntou outra pessoa.
Qual q era do lagarto??? #enem
— gigi (@gigipvianna) November 16, 2025
Quem não sabia caatinga na questão sobre o lagarto no Enem? Tem questão de geografia pra corrigir amanhã com os alunos hahahaha
— D_Kaucz (@D_Kaucz) November 16, 2025
caiu OZEMPIC no enem isso não existe
— ana ✨ (@anabgslv) November 16, 2025
A verdade é que pesquisadores descobriram que o veneno do monstro-de-gila, espécie típica dos desertos da América do Norte, contém uma substância contribuiu para o desenvolvimento de tratamentos capazes de aumentar a atividade do receptor GLP-1, base das chamadas canetas emagrecedoras comercializadas por farmacêuticas como Ozempic, Wegovy e Mounjaro.
“As toxinas evoluem para desempenhar funções muito específicas, como se defender contra predadores ou incapacitar suas presas", explica o professor Kini à BBC News Mundo.
No caso do monstro-de-gila, o veneno serve para imobilizar suas presas e para ajudar o metabolismo do animal a desacelerar, permitindo que ele sobreviva por até um ano com apenas seis refeições, segundo a Universidade de Queensland, na Austrália.