Os anos do ensino fundamental visam o domínio básico da leitura, da escrita e do cálculo e a formação de atitudes e valores do aluno para o exercício da cidadania e da vida em comunidade. Este é um resumo simples do que uma escola deve oferecer.
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Uma boa escola deve oferecer a possibilidade de aquisição de conhecimento ao estudante em um lugar onde ele se sinta bem e, por isso, tenha mais disposição para aprender, fazer amigos, se relacionar e explorar a diversidade de experiências à sua disposição. Uma instituição que proporcione este contexto à criança e ao jovem será um bom lugar para eles. A qualidade do ensino oferecido também é um atributo fundamental.
Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), uma boa escola é aquela em que:
- existe um clima favorável à aprendizagem;
- os professores e gestores são líderes animadores;
- a violência é substituída pela cultura de paz;
- existe um bom currículo
Ao oferecer afeto, lazer e ensino, com conhecimentos, brincadeiras, cuidados com a saúde e práticas de formação artística, cultural e esportiva, essa escola investe na formação integral do aluno.
E a escola para jovens?
No artigo Entre a escola e os jovens - disponível no canal Educação do portal Terra, em Onda Jovem - a socióloga Ana Paula Corti, autora dos livros Diálogos com o Mundo Juvenil: Subsídios para Educadores e Encontro das Culturas Juvenis com a Escola, explica que há uma distância real e simbólica entre a escola e os jovens e que não há explicações fáceis nem rápidas frente a um problema dessa magnitude. Esse é o grande desafio do ensino médio.
"As muitas escolas que têm adotado a estratégia do isolamento não têm obtido resultados positivos; ao contrário, muitas vezes agravam o problema. Providências como erguer os muros, aumentar as grades, exercer maior controle da entrada e saída de estudantes, proibir a entrada de aparelhos eletrônicos, bonés, instrumentos musicais etc., apenas tentam (geralmente em vão) resgatar um modelo escolar rígido, que já não funciona", diz ela.
Nesse artigo, Ana Paula reflete que o problema não está na invasão da escola pelos elementos externos, e sim nas dificuldades que ela tem de se organizar a partir do contexto atual, da realidade social e das características dos estudantes atendidos.
"É curioso notar que, se a escola costuma resistir negativamente às marcas da vida juvenil (o boné, as roupas, a linguagem etc.), que aparecem como elementos ameaçadores à ordem escolar, coisa muito diferente ocorre em relação às crianças."
E completa: "Mesmo sendo algo recente no Brasil, as escolas de educação infantil têm avançado muito no sentido de reconhecer a infância como uma fase de vida extremamente rica e que deve ser o ponto de partida para a organização escolar. Se a atividade central da infância é brincar, é preciso que a escola incorpore este elemento e o potencialize. É isso que justifica os brinquedos e parques dentro das escolas. É com base na condição bio-psico-social das crianças que se organiza o espaço educativo, a adequação dos móveis, bebedouros, a decoração das salas com as suas produções. As escolas explicitam a presença da infância por todos os lados, mostrando que a condição infantil não é um obstáculo para o processo educativo, mas uma aliada e um importante ponto de partida."
Fonte: Unesco e Onda Jovem