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"Civis foram mortos em Gaza por causa das bombas norte-americanas", diz Biden

Presidente norte-americano garantiu que o governo continuará fornecendo armas defensivas, mas que suspenderão outras entregas se houver uma grande invasão terrestre em Rafah

9 mai 2024 - 10h06

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, admitiu em entrevista à Erin Burnett, âncora da CNN, que civis na Faixa de Gaza foram mortos devido ao uso de bombas e armas fornecidas pelo país a Israel.

Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden
Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden
Foto: Reprodução/CNN / Perfil Brasil

"Civis foram mortos em Gaza como consequência dessas bombas e de outras formas como atacam os centros populacionais", pontuou Biden, se referindo às bombas de 900 kg que tiveram envio pausado pelo governo na última semana.

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O presidente norte-americano garantiu que o governo continuará fornecendo armas defensivas a Israel, como o sistema de defesa aérea Domo de Ferro, mas suspenderão outras entregas se houver uma grande invasão terrestre em Rafah, uma cidade no sul de Gaza com mais de um milhão de refugiados palestinos.

"Deixei claro que se eles [Israel] forem para Rafah - eles ainda não foram para Rafah - não fornecerei as armas que têm sido usadas para lidar com Rafah, para lidar com as cidades - [armas] que lidam com esse problema. Continuaremos garantindo que Israel esteja seguro em relação ao Domo de Ferro e da sua capacidade de responder aos ataques que surgiram recentemente no Oriente Médio", disse ele", ressaltou.

Biden reconhece papel dos EUA no conflito

Biden reconheceu o papel do país na guerra e afirmou que os EUA já pararam de enviar "munições de grande carga útil" devido a possíveis operações de Israel em Rafah sem planos para proteger os civis.

A decisão final sobre o envio ainda não foi tomada, mas a administração federal está analisando outras munições para possível venda ou transferência.

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Ruptura com Israel?

As recentes declarações públicas de Biden têm aumentado a tensão entre ele e Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel. Segundo o presidente norte-americano, as ações em Rafah ainda não ultrapassaram uma "linha vermelha", mas estão "causando problemas".

"Eles não entraram nos centros populacionais. O que eles fizeram está bem na fronteira. E está causando problemas, neste momento, em relação ao Egito, pelo qual trabalhei arduamente para garantir que tenhamos uma [boa] relação e ajuda", ponderou. Biden ressaltou que Israel não irá conseguir seu apoio caso ataquem os centros populacionais.

Protestos pró-Palestina

Questionado sobre as manifestações pró-Palestina nas universidades norte-americanas, o presidente norte-americano disse "escuta a mensagem [dos manifestantes]". No entanto, ele alertou contra os protestos que se transformam em discurso de ódio ou antissemitismo.

"Existe um direito legítimo à liberdade de expressão e de protesto. Há um direito legítimo de fazer isso. Mas não há um direito de usar discurso de ódio. Não há um direito de ameaçar estudantes judeus. Não existe um direito legítimo de bloquear o acesso das pessoas às aulas. Isso é contra a lei", afirmou.

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