Veja momentos marcantes do julgamento do caso Eloá
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13 de fevereiro Filas se acumularam desde a noite de 12 de fevereiro para acompanhar o júri popular Lindemberg Alves Fernandes, 25 anos, acusado de matar a ex-namorada Eloá Pimentel, então com 15 anos, em 2008, após mantê-la por 101 horas em cárcere privado
Foto: Diogo Moreira
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13 de fevereiro A mãe de Eloá, Ana Cristina Pimentel, afirmou minutos antes do início do julgamento de Lindemberg que a Justiça só seria feita com a condenação do réu. Emocionada, ela disse que seria difícil acompanhar o julgamento e que esperava que o caso se resolvesse ao menos na esfera criminal
Foto: Reinaldo Marques
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13 de fevereiro A defesa de Lindemberg apresentou aos jurados mais de uma hora e meia de reportagens de TV em que é questionado o trabalho dos negociadores do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da Polícia Militar e da imprensa durante o cárcere privado. A estratégia inicial da defesa foi culpar a PM e a imprensa pelo prolongamento da situação
Foto: Reinaldo Marques
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13 de fevereiro A advogada Ana Lúcia Assad perguntou a Nayara Rodrigues, amiga de Eloá, se ela havia sido orientada a chorar no julgamento e se estava processando o Estado por ter voltado ao apartamento, onde acabou baleada. A atuação da defesa foi chamada de "circo" pela promotoria e de "sessão de tortura" pelo advogado da jovem.
Foto: Diogo Moreira
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13 de fevereiro Os estudantes Victor Lopes e Iago Vilela de Oliveira, amigos de Eloá, disseram que Lindemberg tinha a intenção de matar a adolescente desde o momento em que invadiu o apartamento onde ela morava com a família, em Santo André. O réu ainda teria avisado que "ninguém sairia vivo" do local, incluindo ele próprio
Foto: Reinaldo Marques
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13 de fevereiro O sargento da PM Atos Antonio Valeriano - primeiro a atender o caso - classificou o réu como "desequilibrado". "A negociação corria bem, ele já havia libertado dois dos reféns e ele pediu que eu aparecesse, que queria me ver. Em sinal de confiança, coloquei a cabeça fora da proteção em que eu estava e ele disparou", disse
Foto: Reinaldo Marques
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13 de fevereiro A advogada de Lindemberg acusou Nayara de ter mentido em seu depoimento. "Eu diria que ela estava bem orientada, até simulou um choro. Mas isso faz parte. Ela não tinha compromisso com a verdade, porque ela é vítima", afirmou Ana Lúcia Assad, ironizando interferência da juíza durante suas perguntas à amiga de Eloá
Foto: Reinaldo Marques
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14 de fevereiro Amigos de pessoas que perderam familiares em casos de violência acordaram cedo para acompanhar o segundo dia do julgamento. Na fila em frente ao fórum, cerca de 50 pessoas aguardavam uma senha para acompanhar o caso, entre elas Sandra Domingues, que também acompanhou todos os dias do julgamento do pai e da madrasta da menina Isabella Nardoni, em 2010
Foto: Mauro Horita
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14 de fevereiro O policial militar Ronickson Pimentel dos Santos, irmão de Eloá, chamou o réu de "monstro, louco e agressivo" durante seu depoimento de uma hora, respondendo a perguntas da juíza Milena Dias, da promotoria e da advogada de defesa de Lindemberg
Foto: Diogo Moreira
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14 de fevereiro Durante uma divergência de posições no transcorrer do julgamento, a advogada Ana Lúcia Assad afirmou que a juíza Milena Dias precisava "voltar a estudar" após ter dito desconhecer o "princípio da verdade real"
Foto: Mauro Horita
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14 de fevereiro O PM Adriano Giovanini, do Gate, disse que um disparo ouvido de dentro do apartamento motivou a invasão do cárcere. Giovanini admitiu que o Gate não possuía equipamentos avançados de escuta e que os policiais usavam copos de vidro e um estetoscópio médico para ouvir o que ocorria no cativeiro
Foto: Mauro Horita
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14 de fevereiro O delegado Sérgio Luditza afirmou que uma "reviravolta" nas negociações acarretou a morte de Eloá. De acordo com ele, que acompanhou o caso na época, "tudo caminhava para a soltura das reféns", mas uma "reviravolta" que durou entre "15 minutos a meia hora" culminou nos tiros contra elas
Foto: Mauro Horita
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15 de fevereiro Uma fila de cerca de 200 pessoas se alinhou à entrada do fórum de Santo André para o terceiro dia de julgamento de Lindemberg
Foto: Mauro Horita
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15 de fevereiro A advogada Ana Lúcia Assad pediu que a população parasse de hostilizá-la. "Não sou acusada, não sou ré", afirmou, em frente ao fórum. Enquanto a defensora falava com a imprensa, uma multidão gritava "Justiça" e palavras de ordem como "vai embora" e "fora"
Foto: Mauro Horita
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15 de fevereiro A promotora pública Daniela Hashimoto, responsável pela acusação contra Lindemberg, saiu em defesa da advogada Ana Lúcia Assad. "Não tive contato com o meio externo, mas peço aos senhores jornalistas que façam chegar à população que o trabalho da advogada faz parte do Estado de direito democrático", disse a promotora
Foto: Reinaldo Marques
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15 de fevereiro Lindemberg quebrou o silêncio após três anos e afirmou que não foi ao apartamento com a intenção de matar Eloá, mas que se surpreendeu ao encontrá-la com colegas no local. Ele disse ainda que andava armado porque sofria ameaças de morte e pediu perdão à família de Eloá
Foto: Diego Migotto
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15 de fevereiro Durante depoimento à promotora Daniela Hashimoto, Lindemberg negou que as ameaças de morte contra Eloá tenham sido reais e disse que tudo não passou de um "blefe". "Pode ser que eu tenha dito, mas eu não me lembro. Muita coisa que eu disse foi um blefe", afirmou
Foto: Mauro Horita
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16 de fevereiro Público aguarda para entrar no Fórum de Santo André, no quarto e último dia de julgamento de Lindemberg
Foto: Mauro Horita
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16 de fevereiro No debate, a advogada Ana Lúcia Assad não pediu a absolvição de seu cliente, mas que ele fosse condenado por homicídio culposo - quando não há intenção de matar. "Peço que os senhores condenem o Lindemberg pelo homicídio culposo, pois ele não desejou o resultado. Ele sofre pela morte dela", disse
Foto: Mauro Horita
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16 de fevereiro Lindemberg deixou o fórum escoltado, após ser condenado. Ele foi sentenciado a 98 anos e 10 meses de prisão em regime fechado. O réu foi considerado culpado de todos os 12 crimes pelos quais foi denunciado
Foto: Thales Stadler/ABC Digipress
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16 de fevereiro Público comemorou a condenação de Lindemberg gritando "justiça" e "é, é, é, volta para Tremembé", em referência à penitenciária onde ele está preso
Foto: Mauro Horita
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16 de fevereiro Muito emocionada, Ana Cristina Pimentel, mãe de Eloá, agradeceu a atuação do júri. "Justiça foi feita, graças a Deus", disse
Foto: Mauro Horita
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16 de fevereiro Andreia Rodrigues, mãe de Nayara, comemorou a condenação de Lindemberg também pela tentativa de homicídio contra sua filha. Segundo ela, a jovem deve retomar sua vida
Foto: Mauro Horita
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16 de fevereiro A promotora Daniela Hashimoto elogiou a sentença proferida pela juíza e disse que vai rebater os possíveis recursos da defesa de Lindemberg. A advogada do réu pediu a anulação do julgamento e deixou o fórum sem dar declarações