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PF mira aliados de Bivar por ameaças a chefe do União Brasil

8 mai 2024 - 07h06

Uma operação aberta ontem pela Polícia Federal investiga suspeita de ameaças ao presidente do União Brasil, o advogado Antônio Rueda. Entre os alvos da ofensiva havia duas pessoas ligadas ao deputado Luciano Bivar (União Brasil-PE), que foi derrotado por Rueda nas eleições do partido, no fim de fevereiro.

Procurado pela reportagem, Bivar não havia respondido até a noite de ontem.

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Agentes fizeram buscas no interior do estado de Pernambuco, por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF). As investigações tiveram início com a Polícia Civil do Distrito Federal e, posteriormente, foram remetidas à Corte e à PF.

A defesa de Rueda pediu ao Supremo que investigasse Bivar após um incêndio destruir duas casas de sua família, na Praia de Toquinho, em Ipojuca, na região metropolitana do Recife (PE), em março.

Após o episódio, Bivar foi apontado por aliados de Rueda como mandante dos incêndios. À época, o deputado negou qualquer ligação com o caso, qualificando as acusações como "ilações".

No início de abril, a Procuradoria-Geral da República (PGR) concordou com a investigação e pediu ao Supremo que autorizasse diligências iniciais. O inquérito tramita no gabinete do ministro Kassio Nunes Marques, sob sigilo. A investigação da PF se debruça sobre possíveis ameaças a Rueda, não sobre o incêndio.

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BRIGA INTERNA

Rueda foi eleito presidente do União Brasil no dia 29 de fevereiro. Ele sucedeu a Bivar no cargo, mas o deputado contestou o resultado da disputa. Na ocasião, Bivar tentou até o último momento evitar que o advogado, de quem foi padrinho político, assumisse o cargo em seu lugar.

O deputado publicou um edital que cancelava a convenção do partido, mas adversários dele aprovaram um recurso para garantir a realização do encontro que elegeu Rueda.

Rueda teve apoio de nomes ligados ao antigo DEM, como o ex-prefeito de Salvador ACM Neto, o líder do legenda na Câmara, Elmar Nascimento (BA), e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado.

A mudança no comando da sigla já havia sido definida no fim do ano passado, após uma série de embates internos. O União Brasil foi formado em 2022, a partir da fusão entre DEM e PSL, mas as duas alas nunca se acertaram. Bivar era presidente do PSL.

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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