Não preciso ser candidato para ficar discutindo todo mês déficit fiscal, diz Lula

17 dez 2025 - 14h25

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta quarta-feira, 16, que não precisa ser candidato novamente para ficar discutindo déficit fiscal todo mês. Em discurso de encerramento da reunião ministerial, ele elogiou relação com presidentes do Congresso e que mandou fazer estudo sobre políticas sociais de seus possíveis adversários, sem citar o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

"Eu vou ser candidato para todo mês ficar discutindo déficit fiscal? Para todo mês ficar discutindo cortes no Orçamento? É para isso que eu quero ser? Eu não preciso disso", afirmou.

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Ele repetiu que não tem nada pessoalmente contra os presidentes e ex-presidentes da Câmara e do Senado, e reforçou que é grato por aprovar tudo que o governo precisava aprovar. "Sou amigo do Hugo Motta, do Arthur Lira, do Rodrigo Pacheco, do Davi Alcolumbre, sou grato pelo que eles fizeram nesses três anos comigo. E na hora que surgir uma divergência é importante a gente lembrar que a gente precisa conversar mais, aparar as arestas e eu estou disposto a fazer isso porque somos gratos por tudo que foi aprovado até agora", completou.

Lula admitiu que de vez em quando há rusgas com o Legislativo, mas avaliou que o que importa é se o povo sai vencedor. "De vez em quando aparece uma rusga, de vez em quando aparece uma manchete no jornal, o governo perdeu, o governo ganhou. O governo não perde nem ganha, para nós, o que é bom é se o povo ganha", disse.

Por fim, o presidente declarou que o Brasil não pode fazer política de inclusão a vida toda e que é preciso discutir o que será feito para dar um salto no próximo ciclo. Ele afirmou ainda que pediu estudo sobre as políticas sociais de todos seus possíveis adversários na eleição de 2026. Ele citou nomes como Ratinho Jr, Ronaldo Caiado, Romeu Zema e Tarcísio de Freitas. Mais uma vez, não citou Flávio Bolsonaro. Lula disse que, na comparação, as políticas sociais deles nos Estados não é nada perto do que foi feito por ele no governo federal.

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