A Itália suspendeu novamente a extradição do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado no julgamento do mensalão, informou nesta sexta-feira (12) o Ministério da Justiça. A decisão foi tomada após um novo recurso apresentado pela defesa de Pizzolato.
A extradição do ex-diretor já havia sido suspensa em maio pelo Tribunal Regional de Lazio, mas o recurso foi negado. Agora, Pizzolato tenta apelar à última instância da Justiça administrativa, o Conselho de Estado.
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Em um evento em Florianópolis, o ministro José Eduardo Cardozo disse que respeita a suspensão do procedimento de extradição. O Brasil pretendia buscar Pizzolato no próximo dia 15.
“O governo brasileiro respeita imensamente a Justiça italiana, que tem soberania para apreciar o pedido de extradição. Temos que aguardar a solução final. É um procedimento admitido pela legislação italiana. O Brasil respeitará a decisão, mas, claro, vamos lutar para que a decisão do judiciário brasileiro seja cumprida”, disse.
Pizzolato foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão pelos crimes de peculato, corrupção e lavagem de dinheiro. Antes de ser preso, o ex-diretor fugiu com um passaporte falso em nome do irmão, Celso Pizzolato, morto em 1978.