Advogados de Jair Bolsonaro pediram ao ministro Alexandre de Moraes autorização para internação e cirurgia no Natal devido a uma hérnia, com acompanhamento da família.
Os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atualmente preso na superintendência da Polícia Federal em Brasília, pediram nesta terça-feira, 23, a liberação para que Bolsonaro possa ser internado e fazer uma cirurgia. Se liberada, a internação aconteceria na véspera de Natal, 24, e a cirurgia, no Natal, 25.
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O pedido foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e é assinado pelos advogados Celso Vilardi, Paulo Amador e Daniel Tesser.
A defesa solicitou a internação do ex-presidente no Hospital DF Star nesta quarta-feira, 24, véspera de Natal, para realizar exames preparatórios. Se aprovado o pedido, a cirurgia acontecerá no dia seguinte, quinta-feira, 25, no Natal.
Segundo a defesa, a internação amanhã seria para que Bolsonaro "possa ser submetido aos exames necessários e preparatórios ao procedimento cirúrgico".
Os advogados também pediram a autorização para que a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, seja a acompanhante principal de Jair. Além dela, os filhos Carlos Bolsonaro e Flávio Bolsonaro, ficariam como acompanhantes secundários quando necessário.
Pouco depois, Moraes intimou os advogados a indicar o nome e o cargo do responsável pelo estabelecimento hospitalar que realizará a internação do ex-presidente. Até o início da tarde de hoje, não havia resposta.
Perícia da PF confirmou necessidade de cirurgia
A cirurgia de Bolsonaro para a correção de uma hérnia inguinal bilateral foi indicada pela equipe médica do ex-presidente e confirmada por uma perícia da Polícia Federal.
A PF encaminhou, na sexta-feira, 19, a Moraes um laudo médico que apontou a necessidade do procedimento. Segundo os peritos, Bolsonaro apresenta, ainda, quadro de soluços persistentes e insônia. Eles também destacaram que, em relação ao quadro de soluços, outro procedimento, o bloqueio do nervo frênico, é considerado “tecnicamente pertinente”.
"Quanto à tempestividade do procedimento, esta Junta Médica entende que deve ser realizado o mais breve possível, haja vista a refratariedade aos tratamentos instituídos, a piora do sono e da alimentação, além de acelerar o risco das complicações do quadro herniário, em decorrência do aumento da pressão intra-abdominal", concluiu o laudo.
A perícia médica foi realizada na quarta-feira, 17, na sede do Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília. O exame foi determinado por Moraes no âmbito do acompanhamento das condições de saúde do ex-presidente, após pedidos da defesa para a realização de uma avaliação médica. A defesa de Bolsonaro tem solicitado que ele seja transferido para o regime domiciliar em razão de seu quadro de saúde.