Defesa de Bolsonaro protocola novo pedido de prisão domiciliar

Ex-presidente está internado em um hospital de Brasília desde o dia 24 de dezembro e tem alta prevista para esta quinta-feira

31 dez 2025 - 18h12
(atualizado às 19h44)
Resumo
A defesa de Jair Bolsonaro protocolou um novo pedido de prisão domiciliar no STF alegando agravamento de seu quadro de saúde, enquanto o ex-presidente segue internado em Brasília com alta médica prevista para 1º de janeiro.
De acordo com a equipe médica, soluços do ex-presidente não cessaram; hipótese é de que os espasmos são causados pelo sistema nervoso e serão tratados com remédios.
De acordo com a equipe médica, soluços do ex-presidente não cessaram; hipótese é de que os espasmos são causados pelo sistema nervoso e serão tratados com remédios.
Foto: Wilton Junior/Estadão / Estadão

O advogado Paulo Cunha Bueno, que representa Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF), disse que a defesa protocolou um novo pedido de prisão domiciliar para o ex-presidente. O advogado destacou o "agravamento" do quadro médico do ex-presidente e comparou sua situação à do ex-presidente Fernando Collor de Mello, que obteve autorização do ministro Alexandre de Moraes para cumprir sua pena em casa devido à sua condição de saúde.

Bolsonaro está internado em um hospital de Brasília desde 24 de dezembro para procedimentos médicos e tem alta prevista para esta quinta-feira, 1º. Mais cedo, os médicos de Bolsonaro, Brasil Caiado e Cláudio Birolini, afirmaram que o político apresentou melhora com os procedimentos cirúrgicos e que teve um controle maior nas crises de soluços, mesmo que elas não tenham cessado.

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"Após as intervenções cirúrgicas a que o presidente Bolsonaro foi submetido nos últimos dias e diante do novo quadro de saúde diagnosticado pela equipe médica - enfatizando os riscos de agravamento do estado atual em razão da falta de cuidados adequados -, a defesa acaba de realizar o protocolo de novo pedido de prisão domiciliar, considerando, a um só tempo, a atualização e agravamento do quadro médico e o paradigma da recente concessão do mesmo benefício ora pleiteado - pelo mesmo Ministro relator -, ao Presidente Fernando Collor de Mello, hodiernamente mantido em custódia domiciliar a partir do diagnóstico de apneia do sono", afirmou Bueno em publicação no X.

A equipe médica disse que passará na quinta-feira pela manhã para uma visita de rotina e que a alta de Bolsonaro já está agendada. Isso só mudaria em caso de alguma nova intercorrência.

Os médicos Brasil Caiado e Cláudio Birolini disseram também que os soluços do ex-presidente não cessaram mesmo com procedimento para bloquear o nervo frênico. A hipótese é que os espasmos são causados pelo sistema nervoso e serão tratados com remédios.

Os médicos declararam que o humor do ex-presidente piora muito durante as crises de soluços e que ele mesmo pediu para fazer uso de antidepressivos. Eles afirmaram ainda que Bolsonaro requer cuidados porque tem apneia do sono e precisar usar uma máscara especial para dormir melhor, o que pode aumentar risco de quedas. Segundo eles, ele tem estado mais comprometido com uma rotina de autocuidado para evitar novas crises de soluços e de refluxo.

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