CPMI do INSS: Onyx confirma que recebeu doação de empresário investigado mas nega ligação com esquema

Ex-ministro diz que nunca conheceu o doador e garante que as contas da campanha foram aprovadas pela Justiça Eleitoral

6 nov 2025 - 17h42
(atualizado em 7/11/2025 às 09h50)
Onyx Lorenzoni admite ter recebido R$ 60 mil de alvo da CPMI do INSS
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O ex-ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, admitiu nesta quinta-feira (6) que recebeu R$ 60 mil de Felipe Macedo Gomes, empresário investigado por suspeita de fraude no INSS. A doação ocorreu durante a campanha de Onyx ao governo do Rio Grande do Sul, em 2022, e foi declarada oficialmente à Justiça Eleitoral.

Foto: imagem meramente ilustrativa / Geraldo Magela/Agência Senado / Porto Alegre 24 horas

Durante o depoimento à CPMI do INSS, o relator Alfredo Gaspar perguntou sobre a relação entre o ex-ministro e o empresário, ex-presidente da Amar Clube de Benefícios. Onyx declarou desconhecer Gomes e ressaltou que todos os repasses foram verificados por sua equipe contábil: "Nunca pedi dinheiro para bandido", respondeu.

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Gaspar também questionou sobre o filho do ex-ministro, Pietro Lorenzoni, advogado da Unibap, outra entidade sob investigação. Onyx negou tráfico de influência e disse que o filho não tinha envolvimento com decisões do ministério nem conhecimento prévio das investigações.

Ao ser indagado sobre a indicação de José Carlos Oliveira ao cargo de ministro, Onyx explicou que o nome foi apenas sugerido e escolhido pelo então presidente Jair Bolsonaro, por critérios técnicos. O ex-ministro reiterou que não conhece outros investigados, como o lobista Antônio Carlos Camilo Antunes e o empresário Maurício Camisotti.

Agência Senado.

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