Bolsonaro passará por perícia médica nesta quarta após decisão de Moraes

Exame será feito por peritos da Polícia Federal; resultado vai embasar eventual análise de cirurgia

17 dez 2025 - 10h28

O ex-presidente Jair Bolsonaro vai passar por uma perícia médica nesta quarta-feira, 17, para avaliar seu estado de saúde. O despacho que determinou o procedimento foi publicado na segunda-feira, 15, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

A decisão registra que, no exame médico realizado durante o cumprimento do mandado de prisão, em 22 de novembro, não houve indicação de qualquer condição que justificasse a necessidade de intervenção cirúrgica imediata.

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Jair Bolsonaro está preso desde 22 de novembro em uma sala da Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos.
Jair Bolsonaro está preso desde 22 de novembro em uma sala da Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos.
Foto: Wilton Júnior/Estadão Conteúdo / Estadão

Moraes também destacou que os exames apresentados pela defesa não são atuais e que, à época em que foram realizados, não apontavam necessidade de cirurgia urgente.

Antes de definir a data da perícia, o ministro já havia autorizado a realização de exames nas dependências da Superintendência da Polícia Federal (PF) no Distrito Federal. Moraes determinou, nesta segunda-feira, o envio de cópia de todos os exames e laudos aos peritos responsáveis pela avaliação.

A perícia será realizada por peritos da PF no Instituto Nacional de Criminalística. Após essa etapa, o processo deverá voltar imediatamente à conclusão para uma nova decisão do relator.

A defesa do ex-presidente pediu ao STF, na segunda-feira, autorização para a realização de cirurgia e a concessão de prisão domiciliar, sob a alegação de agravamento do quadro de saúde.

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Os advogados sustentam que exames recentes indicariam a necessidade de uma intervenção cirúrgica e que o tratamento não poderia ser feito em regime fechado.

No despacho, porém, Moraes ressalta que não há, até o momento, comprovação médica oficial que justifique a adoção de medidas excepcionais. O ministro destacou que a avaliação sobre eventual cirurgia ou mudança no regime de cumprimento da pena dependerá do resultado da perícia médica oficial.

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