Após voto de 14 horas de Fux, Cármen Lúcia diz que vai fazer resumo de suas 396 páginas

Ministra é a quarta a votar na ação penal da trama golpista; placar está em 2 a 1 para condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro

11 set 2025 - 14h56
(atualizado às 16h06)

A ministra Cármen Lúcia iniciou o voto no julgamento da trama golpista nesta quinta-feira, 11, tranquilizando os colegas da 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que iria fazer um resumo do voto, composto por 396 páginas. Sem citar o ministro Luiz Fux, que utilizou 14h para votar, a ministra garantiu que não irá ler na íntegra. "Não lerei, de jeito nenhum", disse. A manifestação ocorre  um dia após o voto de mais de  14 horas de duração do ministro Luiz Fux, que absolveu o ex-presidente Jair Bolsonaro dos crimes relacionados à tentativa de golpe de Estado.

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Cármen Lúcia é a quarta a votar no julgamento. O placar é de 3 a 1 pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Já há maioria para condenar Mauro Cid e Walter Braga Netto por tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.

Plenário da 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF)
Plenário da 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF)
Foto: Gustavo Moreno/STF

Os ministros Alexandre de Moraes, relator do caso, e Flávio Dino votaram pela condenação de todos em todas as imputações da Procuradoria-Geral da República (PGR).

O ministro Luiz Fux divergiu. Em um extenso voto, com críticas duras à denúncia e ao relatório, o magistrado pediu a condenação de Cid e Braga Netto por tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, absolvendo-os das demais acusações.

Fazem parte do grupo dos réus do núcleo central:

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  • Jair Bolsonaro, ex-presidente da República
  • Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil;
  • Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
  • Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência;
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa
  • Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro
Fonte: Redação Terra
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