A ministra Cármen Lúcia iniciou o voto no julgamento da trama golpista nesta quinta-feira, 11, tranquilizando os colegas da 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que iria fazer um resumo do voto, composto por 396 páginas. Sem citar o ministro Luiz Fux, que utilizou 14h para votar, a ministra garantiu que não irá ler na íntegra. "Não lerei, de jeito nenhum", disse. A manifestação ocorre um dia após o voto de mais de 14 horas de duração do ministro Luiz Fux, que absolveu o ex-presidente Jair Bolsonaro dos crimes relacionados à tentativa de golpe de Estado.
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal do Terra
Cármen Lúcia é a quarta a votar no julgamento. O placar é de 3 a 1 pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Já há maioria para condenar Mauro Cid e Walter Braga Netto por tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.
Os ministros Alexandre de Moraes, relator do caso, e Flávio Dino votaram pela condenação de todos em todas as imputações da Procuradoria-Geral da República (PGR).
O ministro Luiz Fux divergiu. Em um extenso voto, com críticas duras à denúncia e ao relatório, o magistrado pediu a condenação de Cid e Braga Netto por tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, absolvendo-os das demais acusações.
Fazem parte do grupo dos réus do núcleo central:
- Jair Bolsonaro, ex-presidente da República
- Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil;
- Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
- Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência;
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
- Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
- Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa
- Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro