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Aécio: explicação de Dilma sobre 'ruinosa transação' é insuficiente

19 mar 2014 - 17h53

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) classificou nesta quarta-feira como insuficientes as explicações dadas pela presidente da República, Dilma Rousseff, sobre o que considerou a “mais ruinosa transação” da história da Petrobras. Então presidente do Conselho de Administração da estatal, Dilma deu aval à compra de 50% de uma refinaria nos Estados Unidos, transação que acabou custando mais de US$ 1 bilhão.

Em nota divulgada nesta quarta-feira, em resposta a uma reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, a presidente Dilma Rousseff disse que a aquisição de uma refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, foi autorizada pelo Conselho de Administração da companhia com base em um documento “técnico e juridicamente falho”. Dilma era presidente do conselho e ministra da Casa Civil na época em que a companhia decidiu pela compra de 50% das ações da refinaria.

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O conselho presidido pela presidente Dilma aprovou, na época em que a petista era ministra da Casa Civil, a compra de 50% dos ativos da refinaria por US$ 360 milhões, sendo que um ano antes a refinaria havia sido adquirida por US$ 42,5 milhões por uma empresa belga, a Astra Oil. Em seguida, a companhia brasileira precisou comprar a parte restante em uma batalha judicial.

“Venho à tribuna alertado por uma manchete de primeira página (...) que fala da participação direta da senhora presidente da República na mais ruinosa transação, mais lesiva operação já feita em qualquer tempo por qualquer empresa brasileira, e quem sabe do mundo, que levou a mais importante empresa brasileira, a Petrobras, de ter um prejuízo de mais de 1 bilhão de dólares”, disse Aécio, que defendeu a criação de uma comissão para investigar denúncias e acompanhar investigações sobre a compra de ativos.

Para Aécio, o Brasil não pode aceitar a “terceirização de responsabilidade”. Segundo o tucano, o responsável pelo parecer considerado falho pela presidente Dilma, Nestor Cerveró, foi alçado a diretor da BR Distribuidora. “Leio hoje, surpreso, uma lacônica manifestação da Presidência da República, como se isso fosse algo corriqueiro, razoável, compreensível”, disse o senador.  

A senadora Gleisi Hoffmann, ex-ministra da Casa Civil da presidente Dilma, saiu em defesa do governo federal. Segundo ela, a oposição age de forma oportunista ao contestar o processo de compra apenas agora, sendo que já era um fato conhecido e investigado. “A oposição tem direito a se manifestar. Agora, utilizar fatos e formas oportunistas, fazendo disso um drama, não é conivente”, disse.

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Fonte: Terra
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