O Hospital Municipal Pedro II, no Rio, foi invadido por oito criminosos encapuzados buscando um paciente sob custódia, levando o secretário de saúde Daniel Soranz a destacar as frequentes interrupções de unidades de saúde devido à insegurança.
Após o grupo de oito criminosos armados e encapuzados invadir o Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, o secretário de saúde da capital fluminense, Daniel Soranz, classificou a ação como "uma falta de respeito" e disse que o ano de 2025 já teve centenas de casos de interrupções do funcionamento de unidades de saúde municipais por questões de segurança.
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"Foi uma situação completamente absurda, uma falta de respeito com os outros pacientes, com os profissionais de saúde, colocando toda a unidade de saúde em risco", declarou em entrevista à TV Globo na manhã desta quinta-feira, 18, poucas horas após o caso.
O secretário apontou que, na hora da invasão, a unidade realizava atendimentos importantes a pacientes em estado grave. Além disso, Soranz reclamou que a falta de segurança em unidades de saúde no Rio de Janeiro afeta o funcionamento de hospitais com frequência.
"Só este ano, em 516 momentos nossas unidades de saúde tiveram que interromper o funcionamento por questões de segurança pública. A situação da segurança pública no Rio de Janeiro está afetando demais o sistema de saúde e o funcionamento das unidades. Hoje foi o Hospital Pedro II, mas isso é uma situação que vem se repetindo quase todos os dias”, finalizou ao afirmar que pedirá um reforço na segurança da polícia em frente às unidades de saúde de toda cidade.
A Polícia Civil confirmou ao Terra que já iniciou a investigação para apurar a invasão.
Invasão de criminosos a hospital no Rio
Ao chegarem à unidade, os suspeitos renderam um segurança do hospital na entrada da garagem e foram até o centro cirúrgico. Eles buscavam um paciente internado, que havia sido baleado horas antes e teria testemunhado crimes cometidos pelo grupo.
O Terra apurou que ele não estava no centro cirúrgico, mas em outro setor da unidade, mantido sob custódia. Não se sabe se o grupo entrou no hospital para matar ou resgatar o paciente.
A Secretaria Municipal de Saúde informou que o paciente foi transferido para outra unidade de saúde. A direção dos hospitais solicitou reforço da segurança.
A Polícia Militar foi acionada imediatamente, compareceu ao local e, a pedido da direção, também reforçou a escolta. Apesar do susto, ninguém ficou ferido.
O caso será investigado pela 36ª DP (Santa Cruz). A autoridade policial já instaurou um inquérito para apurar a invasão. Agentes da unidade realizam diligências na manhã desta quinta para identificar e capturar os criminosos.