Polícia Civil e MP de São Paulo realizam operação contra suspeitos do PCC por planejarem ataques a autoridades no interior do estado, cumprindo 25 mandados de busca e apreensão.
A Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo fazem uma operação nesta sexta-feira, 24, contra suspeitos de planejarem o assassinato de autoridades públicas da região de Presidente Prudente, no interior de São Paulo.
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O ataque era contra o promotor de Justiça Lincoln Gakiya e o coordenador de presídios Roberto Medina, responsável por unidades prisionais da Região Oeste do estado, informou o próprio membro do Ministério Público em entrevista ao canal Globo News. A polícia afirma que a ordem partiu do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Nesta sexta, os agentes saíram para cumprir 25 mandados de busca e apreensão em endereços relacionados aos suspeitos. Das ordens judiciais, 11 são cumpridas na cidade de Presidente Prudente, seis em Álvares Machado, duas em Martinópolis, duas em Pirapozinho, duas em Presidente Venceslau, uma em Presidente Bernardes e uma em Santo Anastácio.
A operação, batizada de Recon, também conta com o apoio da Polícia Militar e da Polícia Penal.
O que dizem as investigações?
As investigações, conduzidas pela 1ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG), da Divisão Estadual de Investigações Criminais (Deic), apontaram a existência de uma célula do PCC estruturada para realizar levantamentos detalhados da rotina de autoridades públicas e de seus familiares, com a finalidade de preparar atentados contra os alvos.
Conforme o MP, os criminosos já haviam identificado, monitorado e mapeado os hábitos diários das autoridades. "A célula operava sob rígido esquema de compartimentação, no qual cada integrante desempenhava uma função específica, sem conhecer a totalidade do plano, o que dificultava a detecção da trama", explicou.
Com a atuação integrada dos setores de inteligência foi possível identificar os envolvidos nessa fase de reconhecimento e vigilância e apreender materiais e equipamentos que serão submetidos à perícia.
A operação de hoje, de acordo com o MP, busca outros elementos de prova que devem colaborar com as próximas fases da investigação voltadas à identificação de outros participantes do esquema criminoso.
