A Polícia Federal apreendeu cinco carros de luxo, avaliados em mais de R$ 3 milhões, ligados a Antônio Carlos Camilo Antunes, o "Careca do INSS", investigado por fraudes em aposentadorias que desviaram bilhões entre 2019 e 2024.
A Polícia Federal apreendeu, na manhã desta terça-feira, 20, cinco veículos de luxo que seriam pertencentes a Antonio Carlos Camilo Antunes, que ficou conhecido como Careca do INSS.
Os mandados foram cumpridos ainda no âmbito da Operação Sem Desconto, que investiga um esquema de fraudes no Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) através de descontos não autorizados em aposentadoria e pensões.
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Segundo a Polícia Federal, foram apreendidos cinco veículos de alto valor:
- um BMW Competition;
- um Land Rover;
- um BMW M135i;
- um Porsche 911;
- e um Porsche Panamera.
O valor total dos carros soma R$ 3.288.042,00.
Há a suspeita de que Antonio Antunes tenha adquirido os veículos com recursos oriundos da fraude aos aposentados. Ele é apontado como um operador financeiro ligado a uma das entidades investigadas.
O Terra procurou o escritório de defesa de Antonio Antunes em busca de um posicionamento sobre a apreensão, mas não houve retorno até o momento.
Veja imagens dos carros apreendidos pela PF:
Quem é o Careca do INSS?
As fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), descobertas pela Controladoria Geral da União (CGU) e pela Polícia Federal (PF), mostram que integrantes do instituto e de associações desviaram até R$ 6,3 bilhões, entre 2019 e 2024, em recursos de aposentados e pensionistas por meio da folha de pagamento.
As vítimas da fraude tiveram descontos não autorizados em seus benefícios e grande parte dos valores foi destinada a ex-integrantes do INSS. Segundo a PF, esses desvios teriam sido intermediados por Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS. Ele é apontado como figura central e principal operador do esquema de repasses irregulares.
Segundo representação da PF entregue à Justiça, o Careca do INSS movimentou R$ 53,5 milhões provenientes de entidades sindicais e de empresas relacionadas às associações. Ele aparece no relatório como sócio de 21 empresas, sendo que ao menos quatro delas estão envolvidas e são utilizadas na 'farra do INSS'.
