Operação da PF no Rio mira desvio em contrato de R$ 1,6 bi com o SUS

A Operação Antracito tem como alvo uma organização social suspeita de desviar verbas federais para Saúde

10 set 2025 - 07h21
(atualizado às 09h05)
Resumo
A Polícia Federal deflagrou a Operação Antracito para investigar o desvio de R$ 1,6 bilhão envolvendo uma organização social e contratos com prefeituras no Rio, revelando crimes como peculato e lavagem de dinheiro.
Operação da PF no Rio mira desvio em contrato de R$ 1,6 bi com o SUS
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A Polícia Federal (PF) realiza, na manhã desta quarta-feira, 10, uma operação contra uma organização social suspeita de envolvimento em um desvio bilionário de dinheiro público federal do Sistema Único de Saúde (SUS), por meio de contratos firmados com prefeituras do Rio de Janeiro. Ao todo, R$ 1,6 bilhão foi pago à organização social durante o contrato irregular.

Chamada de Operação Antracito, a investigação apontou crimes como peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro em um possível esquema de desvio de verbas federais destinadas à saúde. A ação acontece com apoio da Controladoria-Geral da União (CGU).

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Operação Antracito acontece no Rio de Janeiro nesta quarta-feira, 10
Operação Antracito acontece no Rio de Janeiro nesta quarta-feira, 10
Foto: Divulgação/Polícia Federal

Nesta quarta, 16 mandados de busca e apreensão contra pessoas físicas e jurídicas são cumpridos nas cidades do Rio de Janeiro, Niterói, São Gonçalo, Saquarema, Rio Bonito, Santa Maria Madalena e Cachoeiras de Macacu.

Operação Antracito acontece no Rio de Janeiro nesta quarta-feira, 10
Foto: Divulgação/Polícia Federal

A investigação, que se iniciou pela Delegacia de Polícia Federal em Macaé (DPF/MCE), partiu do desvio de verbas do SUS a partir de contratações de uma organização social. Os contratos foram de 2022 a 2024 com prefeituras de várias cidades do Rio, incluindo Duque de Caxias, São Gonçalo, Arraial do Cabo, Saquarema, Cachoeiras de Macacu, Santa Maria Madalena, Cordeiro e Quissamã.

A CGU apontou um valor já pago de cerca de R$ 1,6 bilhão em contratos firmados com a organização social investigada, sendo R$ 91 milhões em recursos federais.

Auditorias realizadas pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) e pela CGU revelaram as graves irregularidades nas contratações envolvendo a organização social investigada, como a ausência de seleção objetiva, a falta de comprovação de prestação de serviços e contratações direcionadas, inclusive de empresas recém-constituídas.

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Os investigados devem responder pelos crimes de peculato, associação criminosa e lavagem de capitais.

Fonte: Redação Terra
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