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Política

PF cumpre ordem do STJ para afastar governador do Tocantins por suspeita de desvio de cestas básicas

Investigação apura prejuízo de R$ 73 milhões aos cofres durante pandemia da covid-19; governador diz que medida é 'precipitada' e afirma ter determinado auditoria sobre os contratos investigados

3 set 2025 - 08h09
(atualizado às 15h56)
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BRASÍLIA - A Polícia Federal deflagrou uma operação para apurar desvios em cestas básicas e cumpriu nesta quarta-feira, 3, uma ordem de afastamento do governador de Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em nota, ele classificou a medida de "precipitada" e disse ter determinado auditoria sobre os contratos investigados. O afastamento foi pedido pela PF e deferido pelo ministro Mauro Campbell, mas confirmado na tarde desta quarta por unanimidade pela Corte Especial do STJ.

As investigações apontam a existência de um esquema de desvios de R$ 73 milhões em recursos públicos no Estado entre 2020 e 2021, durante a pandemia da covid-19. Wanderlei Barbosa é um dos alvos de busca e apreensão e também teve seu afastamento decreto por decisão do ministro do STJ Mauro Campbell.

A PF cumpre 51 mandados de busca e apreensão e medidas cautelares em Palmas, Araguaína (TO), Distrito Federal, Imperatriz (MA) e João Pessoa (PB) contra os alvos da investigação.

A decisão do afastamento tem um prazo inicial de seis meses. A Corte Especial do STJ, em sessão realizada na tarde desta quarta, confirmou por unanimidade o afastamento do governador.

Com o afastamento, assume o cargo o vice-governador Laurez Moreira (PSD).

Wanderlei Barbosa já tinha sido alvo de busca e apreensão na primeira fase da investigação. Ele era vice-governador da gestão anterior e assumiu o governo em março de 2022, após a renúncia de Mauro Carlesse. Foi então reeleito para o posto nas eleições daquele ano.

Em nota, Barbosa classificou de "precipitada" a decisão de afastamento e negou relação com as irregularidades investigadas.

O partido Republicanos também afirmou, em nota à imprensa, que manifesta "solidariedade ao governador Wanderlei Barbosa, certos de que ele terá a oportunidade de apresentar os esclarecimentos necessários e provar sua inocência".

Leia a íntegra da nota oficial do governador afastado

"Nota Oficial

Recebo a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) com respeito às instituições, mas registro que se trata de medida precipitada, adotada quando as apurações da Operação Fames-19 ainda estão em andamento, sem conclusão definitiva sobre qualquer responsabilidade da minha parte. É importante ressaltar que o pagamento das cestas básicas, objeto da investigação, ocorreu entre 2020 e 2021, ainda na gestão anterior, quando eu exercia o cargo de vice-governador e não era ordenador de despesa.

Reforço que, por minha determinação, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e a Controladoria-Geral do Estado (CGE) instauraram auditoria sobre os contratos mencionados e encaminharam integralmente as informações às autoridades competentes.

Além dessa providência já em curso, acionarei os meios jurídicos necessários para reassumir o cargo de Governador do Tocantins, comprovar a legalidade dos meus atos e enfrentar essa injustiça, assegurando a estabilidade do Estado e a continuidade dos serviços à população.

Governador Wanderlei Barbosa (Republicanos)"

Estadão
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