Padre diz que Rio Grande do Sul 'abraçou a bruxaria e o satanismo'

Padre disse ainda que 'existem mais centros de macumba na cidade de Porto Alegre do que no estado da Bahia inteiro"; RS totaliza 163 mortes em decorrência da tragédia

23 mai 2024 - 10h24

O padre Paulo Santos, que atua em uma paróquia de Nova Andradina (MS), associou a maior tragédia climática da história do Rio Grande do Sul à "bruxaria e satanismo" durante uma missa. O pároco foi denunciado ao Ministério Público Federal (MPF) por intolerância religiosa.

A fala foi feita durante a "Missa Solidária em Oração Pelo Rio Grande do Sul" no último dia 8. Durante a pregação, Paulo Santos também afirmou que o estado gaúcho é o "mais ateu" do país. Em vídeo que viralizou nas redes sociais, ele aparece ao lado de uma bandeira do RS (assista abaixo).

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O padre Paulo Santos, que associou a tragédia do Rio Grande do Sul ao satanismo e à bruxaria –
O padre Paulo Santos, que associou a tragédia do Rio Grande do Sul ao satanismo e à bruxaria –
Foto: Reprodução/Facebook / Banda B

Defesa Civil do Rio Grande do Sul confirmou nesta quinta-feira (23) mais uma morte pelas chuvas que atingem o estado, totalizando 163 óbitos. Segundo o órgão, há pelo menos 72 pessoas desaparecidas e 806 feridas. No total, 468 municípios foram atingidos. 65.762 pessoas continuam desabrigadas e 581.643 foram desalojadas.

"O Rio Grande do Sul há muito tempo abraçou a bruxaria e o satanismo. Há muito tempo, o meu povo tem se afastado de Deus. Deus não precisa mandar sofrimento para a nossa vida porque ele não faz isso, mas nós mesmos buscamos na fragilidade humana coisas ruins para nós. Estamos aqui para rezar porque [é] um povo que não está só fragilizado, precisando de água e de comida. […] Agora, está precisando de força espiritual porque perdeu a pouca que tinha", afirmou o padre.

Paulo Santos disse ainda que "existem mais centros de macumba na cidade de Porto Alegre do que no estado da Bahia inteiro". Segundo dados da Diocese de Naviraí, o padre nasceu na capital gaúcha em 1990.

O padre e a paróquia não haviam se pronunciado até a publicação desta reportagem.

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