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Manifestantes vão às ruas novamente em diversas cidades em atos contra Bolsonaro

19 jun 2021 - 15h50
(atualizado às 19h17)

Manifestantes foram às ruas mais uma vez neste sábado em diversas cidades e capitais do país para protestar contra o presidente Jair Bolsonaro, pedir mais vacinas e um auxílio emergencial de 600 reais.

19/06/2021
REUTERS/Ricardo Moraes
19/06/2021 REUTERS/Ricardo Moraes
Foto: Reuters

Imagens mostraram manifestantes em mais de 20 capitais ao longo do dia, mas também houve atos em cidades menores.

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Em capitais como Brasília, Rio de Janeiro, Recife, São Paulo e Goiânia, era possível identificar cartazes com palavras de ordem como a que dá nome aos atos, o "Fora, Bolsonaro", e frases pedindo "comida no prato e vacina no braço". Várias outras referiam-se ao presidente como "genocida".

Também havia faixas com referência ao número de mortos no país, que neste sábado ultrapassou o patamar de 500 mil óbitos, provocando forte comoção.

Manifestantes portavam ainda bandeiras, com símbolos de partidos políticos, entidades sindicais e movimentos sociais, mas também puderam ser avistadas bandeiras do Brasil.

"Assassino!", afirmou a aposentada Denise Azevedo, de 63 anos, que protestava no Rio de Janeiro. "Demorou a comprar vacina, quer a imunidade de rebanho, que não vai adiantar de porra nenhuma. A única imunidade que se consegue é com vacina", disse, acrescentando que quase perdeu um primo para a Covid-19.

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No Rio, as manifestações tiveram início na região central da cidade. Em Brasília, as críticas ao governo se repetiam na Esplanada dos Ministérios.

"Aqui hoje está acontecendo a manifestação de repúdio do povo a esse governo que tem negligenciado vidas, tem negligenciado pessoas que estão passando fome, com uma merreca de um auxílio emergencial que não dá para pagar nada. O sentimento aqui é de indignação, ninguém aguenta mais, o governo está pior do que o vírus", disse o contador de 24 anos Caio Vinícius Silva, na capital federal.

Imagens dos protestos em São Paulo, que teve sua manifestação marcada para a tarde deste sábado na Avenida Paulista, também mostravam grande mobilização com as mesmas demandas.

As convocações para o "Fora, Bolsonaro", sistematizadas pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, tinham como pretensão mobilizar mais pessoas do que as manifestações de 29 de maio.

Partidários e defensores de Bolsonaro questionaram as aglomerações causadas naquele dia por movimentos sociais, entidades estudantis, partidos políticos, centrais sindicais e até mesmo torcidas organizadas de futebol, entidades que criticam as concentrações de pessoas promovidas ou prestigiadas pelo presidente e seus militantes.

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Os organizadores dos atos deste sábado mantiveram as orientações já passadas aos manifestantes em maio, pedindo o uso de máscaras com boa capacidade de proteção, que preservassem o distanciamento físico e utilizassem álcool gel, devido ao risco de contaminação por coronavírus. Também foi feita a recomendação que integrantes dos grupos de risco não comparecessem aos atos.

Era visível a presença majoritária de pessoas com máscaras e a busca pelo distanciamento físico, mas em alguns pontos havia proximidade entre as pessoas.

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