Lula diz que Bolsonaro é responsável por taxação de Trump; veja frases

Presidente deu entrevista para o Jornal da Record e ao Jornal Nacional e comentou as tarifas

10 jul 2025 - 17h28
(atualizado às 22h13)
Lula em entrevista ao Jornal Record
Lula em entrevista ao Jornal Record
Foto: Divulgação Record

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entrevista ao Jornal da Record e ao Jornal Nacional em que comentou a tarifa de 50% imposta por Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, contra o Brasil. Entre outros assuntos, ele responsabilizou Jair Bolsonaro, ex-presidente, por essa tarifa.

Veja as principais falas de Lula nas entrevistas

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"O que é importante ficar claro que o ex-presidente da república deveria assumir a responsabilidade porque ele está concordando com a taxação do Trump ao Brasil. Foi o filho dele que foi lá fazer a cabeça do Trump. Começa uma carta tentando fazer julgamento de um processo que está na Suprema Corte".

"Pensei que a carta do presidente Trump fosse um material apócrifo. Não é costume mandar correspondência para outro presidente em site. Se o presidente Trump conhecesse o Brasil um pouquinho, teria mais respeito. O Brasil tem 201 anos de relação com os EUA, uma relação diplomática, virtuosa, de benefícios para ambos os lados".

"O Brasil é um país em que tudo se resolve em uma conversa. (...) Não tenha dúvidas de que nós vamos tentar negociar. Mas se não tiver negociação, a Lei da Reciprocidade será colocada em prática. Se ele vai cobrar 50% de nós, nós vamos cobrar 50% dele".

"Possivelmente o Trump tenha ficado preocupado com a reunião dos BRICS. (...) Qualquer dia eu vou mandar chamar ele para participar dos BRICS. Se quiser vir, nós vamos convidar ele, ele vem e participa. O que não pode é ele pensar que ele foi eleito para ser xerife do mundo, ele foi eleito para ser presidente dos Estados Unidos. Ele pode fazer o que ele quiser dentro dos Estados Unidos. Aqui no Brasil, quem manda somos nós, brasileiros".

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"Ele chegou a dizer outro dia que se criar uma moeda ele vai punir os países. E nós temos interesse, isso é verdade, nós temos interesse de criar uma moeda de comércio entre os outros países. Eu não sou obrigado a comprar dólar para fazer relação comercial com a Venezuela, com a Bolívia, com o Chile, com a Suécia, com a União Europeia, com a China".

"Do ponto de vista diplomático, nós temos que recorrer ao OMC (...) Se nada disso der resultado, nós vamos ter que fazer a lei da reciprocidade. Porque o comércio entre o Brasil e os Estados Unidos tem apenas 1,7% do PIB. Não é essa coisa que a gente não pode sobreviver sem os Estados Unidos. Não é assim."

Ao Jornal Nacional, Lula clamou por apoio dos empresários dos ramos exportadores e criticou possíveis favorecimentos ao estadunidense. Veja os destaques: 

"É inaceitável que o presidente Trump mande uma carta pelo site dele e comece dizendo que é preciso 'acabar com a caça às bruxas'".

"Eu não perco a calma e não tomo decisão com 39 graus de febre. O Brasil utilizará a Lei de Reciprocidade quando necessário, e o Brasil vai tentar, junto a outros países, fazer com que a OMC tome uma posição para saber quem está certo e errado".

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"A partir daí, se não houver solução, nós vamos entrar com a reciprocidade em 1º de agosto, quando ele começa a taxar o Brasil. Nós entendemos que o Brasil não tem contencioso com ninguém, nós não queremos brigar com ninguém. Nós queremos negociar, e nós queremos que sejam respeitadas as decisões brasileiras. Portanto, se ele ficar brincando, vai ser infinita essa taxação. O que o Brasil não aceita é intromissão nas coisas do Brasil".

"Ele tem o direito de tomar decisão em defesa do país dele, mas com base na verdade. Se alguém orientou ele com uma mentira de que os EUA são deficitários com o Brasil, mentiu. Porque os EUA são superavitários com o Brasil".

Fonte: Redação Terra
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