Drauzio Varella abre denúncia contra Meta por uso indevido da imagem dele para propagar tratamentos sem eficácia

Médico afirma ter sido alvo de cerca de 40 registros adulterados utilizando a sua imagem e que acionou MP

16 abr 2024 - 22h46
Resumo
O médico Drauzio Varella anunciou uma denúncia contra a Meta, proprietária do Facebook e Instagram, por propaganda indevida de tratamentos médicos ineficazes usando sua imagem.
Drauzio Varella abre denúncia contra Meta por uso indevido da imagem dele para propagar tratamentos sem eficácia
Drauzio Varella abre denúncia contra Meta por uso indevido da imagem dele para propagar tratamentos sem eficácia
Foto: Reprodução/Facebook

O médico Drauzio Varella afirmou que está abrindo uma denúncia no Ministério Público contra a Meta, empresa proprietária do Facebook e do Instagram, por uso indevido de sua imagem para a propagação de fake news envolvendo tratamentos médicos sem eficácia. De acordo com ele, está reunindo materiais onde aparecem ele. 

Em entrevista ao jornal O Globo, que foi divulgada nesta terça-feira, 16, Drauzio revelou que há bastante tempo vem recebendo diversos vídeos em que sua imagem é usada na propaganda de falsos tratamentos. Ele estima ter sido alvo de pelo menos 40 registros adulterados com o seu rosto. 

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“Eles estão ganhando dinheiro com isso e não estão nem aí”, aponta o médico. 

De acordo com ele, a catalogação dos materiais é um meio de pressionar as redes sociais que permitem a circulação desse tipo de conteúdo a impedirem a divulgação, pois muitos usuários podem acreditar na eficácia. Em todos os que recebeu, Varella ressaltou ser mentira. 

“É difícil passar dez, quinze dias que não apareça outro [vídeo falso com sua imagem]. E você entra em contato com o pessoal da Meta, eles não te respondem. Quando respondem, dizem que não encontraram nada que contrarie as regras deles. São parceiros desses falsários, eles ganham para impulsionar. Como que chegou até você, como que chegou até a pessoa que me mandou?”, questiona. 

Drauzio diz que o caso é um crime contra a saúde pública, visto que as imagens adulteradas são usadas para enganar pessoas com a finalidade de vender medicamentos e vitaminas. Ainda segundo ele, as redes sociais ligadas à Meta apresentam um número muito maior de casos do que o Youtube e o Tik Tok, por exemplo, que se mostram mais receptivas às denúncias. 

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“Estamos movendo um processo e uma denúncia no Ministério Público. Estamos com advogados para ver isso. São anos assim. Eu encaminho para as pessoas que trabalham comigo, que encaminham todas para a Meta, para explicar o que está acontecendo, mas eles não estão nem aí. [...] Estão usando essas redes para vender produtos que põem em risco a saúde pública, dizendo que chá cura diabetes, resolve problema de ereção, e as pessoas compram”, lamentou. 

O Terra entrou em contato com a Meta, para que pudesse se pronunciar sobre o assunto, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem. 

Fonte: Redação Terra
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