COP30: Brasil celebra participação do governador da Califórnia

Embaixador disse que ausência de Trump não é uma surpresa

11 nov 2025 - 17h11
(atualizado às 17h19)

O governo brasileiro manifestou satisfação com a presença do governador da Califórnia, Gavin Newsom, na COP30, em Belém, destacando sua postura alinhada ao debate climático global. Durante o evento, o político americano criticou a ausência do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cuja ausência foi vista como um sinal de desinteresse do país na agenda ambiental internacional.

Embaixador disse que ausência de Trump não é uma surpresa
Embaixador disse que ausência de Trump não é uma surpresa
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

"Nos alegra a participação muito significativa de representantes da sociedade civil ou de entidades subnacionais, como estados, inclusive o governador da Califórnia. Se nós pensamos que o estado da Califórnia tem um PIB que, se fosse um país, equivaleria mais ou menos à quinta economia mundial, então temos um peso grande dos EUA nesse sentido", afirmou o embaixador Maurício Carvalho Lyrio, chefe dos negociadores do governo brasileiro na cúpula e secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Itamaraty.

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"A Califórnia é um dos estados mais ricos e também um dos que mais emitem gases de efeito estufa, mas, ao mesmo tempo, é muito progressista em termos de políticas ambientais. Está aqui muito bem representada pelo governador", continuou o representante do Brasil na COP.

O diplomata acrescentou que "não é uma surpresa" o fato de Trump não participar do evento, dado que o líder republicano já havia anunciado a retirada de seu governo do Acordo de Paris.

Lyrio reconheceu a existência de dificuldades para alcançar acordos entre os participantes da COP em temas como as metas e as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), voltadas à limitação das emissões de carbono para combater as mudanças climáticas.

Segundo o embaixador, alcançar um acordo "entre 198 países com interesses nacionais bastante fortes e próprios não é fácil".

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"Existe uma fratura no meio da negociação, pelo fato de que os países ricos querem que todos façam mais em termos de limitação de emissão, enquanto os países em desenvolvimento cobram das nações ricas que paguem pela transição", finalizou.

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