Subsecretário de Praia Grande é alvo de buscas e apreensão em investigação sobre o assassinato do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes, com defesa negando envolvimento e colaborando com autoridades.
A Polícia Civil de São Paulo realizou, nesta segunda-feira, 29, buscas e apreensão em oito endereços da Baixada Santista em operação relacionada à execução do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes, morto no último dia 15, em Praia Grande. Ele foi assassinado depois de sair da prefeitura municipal, onde trabalhava como secretário da Administração.
Um dos endereços da busca foi o do subsecretário de Gestão e Tecnologia Sandro Rogério Pardini. Com ele, foram apreendidos celular, computadores, três pistolas, R$ 50 mil em espécie, mil euros e 10 mil dólares em sua residência. Uma das linhas de investigação da polícia é de que a execução tenha sido motivada pelo trabalho que Ruy Fontes exercia à frente da Prefeitura.
A defesa de Pardini afirma que o servidor nega qualquer participação no crime que vitimou o ex-delegado-geral, e que o subsecretário está à disposição das autoridades para colaborar com as investigações.
"Destacamos que os objetos e bens apreendidos não possuem qualquer relação com os fatos, o que foi comprovado pela documentação juntada e confirmado nos esclarecimentos prestados por Sandro, frisa-se, ouvido na qualidade de testemunha. No mais, reforçamos que Sandro tem uma vida completamente voltada ao trabalho lícito e cuidado com a sua família", disse o advogado Octavio Rolim, por meio de nota.
A operação foi coordenada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que investiga o caso, e contou com com apoio da Polícia Civil de Santos e Praia Grande. Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços nos municípios de Santos, Praia Grande e São Vicente.
A Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP-SP) optou por não fornecer mais detalhes para "para garantir a autonomia do trabalho policial". "O DHPP segue apurando, rigorosamente, todas as circunstâncias do caso", informou a pasta.
Até o momento, quatro suspeitos já estão presos, incluindo Jaguar, homem apontado pelas investigações como um dos possíveis autores dos disparos que atingiram o delegado. Outros quatro estão foragidos e são procurados.