3º suspeito de participar do assassinato de ex-delegado é preso no litoral de SP

Polícia ainda busca por pelo menos mais três suspeitos, que estão foragidos; crime completa uma semana na próxima segunda, 22

20 set 2025 - 09h27
(atualizado às 15h39)
Resumo
Terceiro suspeito de envolvimento no assassinato do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes foi preso no litoral de SP; outros três suspeitos permanecem foragidos e ligação com o PCC é investigada.
3º suspeito de participar do assassinato de ex-delegado é preso no litoral de SP
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O terceiro suspeito de envolvimento no assassinato do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes foi preso na madrugada deste sábado, 20, em São Vicente, no litoral de São Paulo. Ele foi identificado como Rafael Marcell Dias Simões, conhecido como Jaguar, de 42 anos. O homem é o sexto a ser apontado como participante do crime. 

Rafael Marcell Dias Simões foi preso por envolvimento na morte do ex-delegado Ruy Ferraz
Rafael Marcell Dias Simões foi preso por envolvimento na morte do ex-delegado Ruy Ferraz
Foto: Reprodução/Polícia Civil

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o mandado de prisão temporária contra ele havia sido expedido na tarde desta sexta-feira, 19. Durante a madrugada, ele teria se entregado às autoridades. Jaguar deve passar por exame de corpo de delito e audiência de custódia ainda neste sábado. Com a sua prisão, outras três seguem foragidos. 

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Ruy Ferraz Pontes foi morto a tiros na Baixada Santista
Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO / Estadão

A primeira pessoa detida no caso foi Dahesly Oliveira Pires, presa nesta quinta, 18. Ela é suspeita de ser a mulher que retirou o fuzil utilizado no crime na Baixada Santista. A arma, no entanto, ainda não foi localizada.

Já na sexta, a polícia prendeu Luiz Henrique Santos Batista, conhecido como Fofão. A Justiça também já expediu mandados de prisão contra outros três investigados, que agora são procurados pela polícia.

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Veja quem são:

  • Felipe Avelino da Silva, conhecido como "Mascherano": identificado como membro do Primeiro Comando da Capital (PCC), teve seu DNA encontrado em um dos carros usados no crime.
  • Flávio Henrique Ferreira de Souza, 24 anos: também teve vestígios de DNA encontrados em um dos veículos utilizados na ação.
  • Luis Antonio Rodrigues de Miranda: é investigado sob a suspeita de ter ordenado a busca de um dos fuzis usados no crime.

A Justiça já expediu mandados de prisão contra todos os investigados até o momento, com base em indícios de autoria e materialidade do crime, além do risco de que soltos possam atrapalhar as investigações. O Terra busca contato com os advogados de defesa dos investigados e o espaço segue aberto para manifestações.

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Assassinato do ex-delegado-geral

Imagens de câmeras segurança registraram o momento do assassinato de Ruy Ferraz, em Praia Grande, na noite de segunda-feira, 15. Ele é visto dirigindo seu carro em alta velocidade, até que entra em um cruzamento e é atingido por um ônibus. O carro capota e os criminosos, que vinham em outro carro atrás, vão até ele carregando fuzis. Ruy foi morto a tiros e os criminosos fugiram. 

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Uma força-tarefa foi montada para apurar o caso e prender os envolvidos. Em entrevista coletiva nesta quinta, a Polícia Civil afirmou não restar dúvidas de que o Primeiro Comando da Capital (PCC) tem envolvimento na morte do ex-delegado-geral.

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"Não nos resta dúvida", disse o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, ao ser questionado da certeza da participação da facção. "O que falta descobrir é se foi por conta do combate ao crime organizado durante toda a carreira do delegado, ou por conta da atuação atual como secretário em Praia Grande. Mas que há participação do crime organizado não há dúvida".

Ruy Ferraz Fontes teve uma carreira de mais de 40 anos como delegado e era conhecido por sua atuação contra a organização criminosa Primeiro Comando da Capital. Atualmente, ele ocupava o cargo de secretário de Administração Pública de Praia Grande.

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Fonte: Portal Terra
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