SP: fotógrafo do Terra é preso durante cobertura de protesto

Além dele, outro repórter foi preso. Jornalistas reclamam de ação truculenta da Polícia Militar

13 jun 2013 - 18h15
(atualizado em 14/6/2013 às 20h25)

<p>Mesmo portando crachá de imprensa, equipamento fotográfico e se apresentando como jornalista, Fernando Borges foi detido por PMs</p>
Mesmo portando crachá de imprensa, equipamento fotográfico e se apresentando como jornalista, Fernando Borges foi detido por PMs
Foto: Amauri Nehn / Brazil Photo Press
O fotógrafo do Terra Fernando Borges foi detido na tarde desta quinta-feira pela Polícia Militar enquanto cobria a manifestação organizada pelo Movimento Passe Livre (MPL) contra o aumento no valor da passagem de ônibus em São Paulo. Ele portava crachá de imprensa, equipamento fotográfico de trabalho e se apresentou como jornalista, mas foi levado pelos policiais. Ele passou 40 minutos detido junto com outros manifestantes, de frente para a parede, com as mãos nas costas e a cabeça baixa, mas já foi liberado.

Os policiais revistaram os pertences e documentos dos detidos, e só liberaram o fotógrafo alegando que ele "não portava vinagre", que é usado como "antídoto caseiro” contra os efeitos da bomba de gás lacrimogêneo. Alguns profissionais de imprensa utilizam o produto para conseguir trabalhar registrando as imagens do protesto.

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Além dele, o repórter Piero Locatelli, da revista CartaCapital também foi detido. Segundo a publicação, ele foi preso enquanto fazia a cobertura das manifestações.

O repórter do jornal Metro, Henrique Beirange, foi atingido por um jato de spray de pimenta, enquanto cobria a manifestação. "Jogaram spray de pimenta de forma aleatoria contra os jornalistas. Isso é um absurdo. A gente está aqui trabalhando", protestou. 

Jornalistas que estavam trabalhando no local estudam acionar o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo.

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Fonte: Terra
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