RS: após mais de 2 dias, equipes conseguem desencalhar baleia
24 ago2010 - 12h18
(atualizado às 18h45)
A operação coordenada pelo Batalhão Ambiental da Polícia Militar gaúcha para desencalhar a baleia jubarte que chegou à praia de Capão Novo no domingo terminou por volta das 16h30 desta terça-feira. Um navio da Petrobras rebocou o mamífero por 200 m.
O animal será monitorado, nas próximas 24 horas, pelos agentes ambientais e por biólogos do Ceclimar, órgão do Instituto de Biociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Se a baleia estiver doente, é possível que volte à praia.
A operação de resgate da baleia foi retomada às 8h da manhã de hoje e usou uma máquina de dragagem para criar uma vala próxima ao animal que, posteriormente, foi amarrado e rebocado pela embarcação. O trabalho foi acompanhado por oito mergulhadores da Petrobras, cinco soldados do batalhão ambiental e dez bombeiros, além de uma equipe de biólogos do Ceclimar e dezenas de curiosos.
De acordo com Mauricio Tavares, biólogo do Ceclimar, enquanto estava na praia, o animal manteve a frequência respiratória relativamente estável. Ele projeta que a baleia pese entre 20 t e 25 t. "O animal é bem forte, resistiu há mais de 60 horas, mas não podemos descartar que esteja doente. Vamos ficar observando se o animal irá encalhar de novo", afirmou Tavares. "Nossa principal preocupação é não machucar as nadadeiras, é o ponto vital para dar chance da baleia se recuperar", disse ele.
Segundo Tavares, não é necessário qualquer tipo de identificação artificial para monitorar o animal. As jubarte possuem um desenho na cauda, única em cada baleia, possibilitando identificação posterior.
1 de 11
A baleia jubarte encalhou na praia de Capão Novo, no litoral norte do Rio Grande do Sul, no domingo, 22 de agosto de 2010
Foto: Tarlis Schneider
2 de 11
Mergulhadores do Corpo de Bombeiros planejam a retirada da baleia para alto mar, com o auxílio de um navio e cordas
Foto: Tarlis Schneider
3 de 11
Operação de resgate da baleia jubarte encalhada em Capão Novo, no litoral gaúcho, contou com apoio dos bombeiros e da Petrobras
Foto: Tarlis Schneider
4 de 11
Navio da Petrobras rebocou a baleia que ficou mais de dois dias encalhada no litoral norte do Rio Grande do Sul
Foto: Agência Freelancer
5 de 11
Soldados do batalhão ambiental, bombeiros, mergulhadores e biólogos participaram da operação para libertar o animal preso na areia
Foto: Agência Freelancer
6 de 11
Principal preocupação dos biólogos foi não machucar as nadadeiras da baleia que encalhou na praia de Capão Novo (RS)
Foto: Agência Freelancer
7 de 11
Mergulhador sobe em baleia durante os trabalhos
Foto: Marcelo Nitschke/Prefeitura de Xangri-lá
8 de 11
O animal teve que ser rebocado por uma embarcação
Foto: Marcelo Nitschke/Prefeitura de Xangri-lá
9 de 11
Após dias encalhada, a baleia conseguiu sair do local
Foto: Marcelo Nitschke/Prefeitura de Xangri-lá
10 de 11
Movimentos da cauda do animal, na quinta-feira, eram suaves e indicavam consciência
Foto: Ignacio Moreno/GEMARS
11 de 11
Conforme avaliação dos especialistas, animal ainda está forte o suficiente para tentar levá-lo a alto-mar