A Polícia de São Paulo prendeu temporariamente uma mulher por suspeita de envolvimento na morte do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes. Segundo a investigação, Dahesly Oliveira Pires, de 25 anos, teria transportado um fuzil usado no crime e é namorada de um dos envolvidos no assassinato. Ela já respondia a processo por tráfico de drogas e era procurada desde 2023.
A Justiça decretou a prisão após pedido da investigação. Como a identidade dela não foi revelada, a defesa não foi localizada.
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A jovem foi ouvida no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) na noite dessa quarta-feira, 17. Durante o depoimento, ela não revelou a motivação do crime, apenas deu informações logísticas.
A polícia identificou outros dois rapazes envolvidos no assassinato. Flavio Henrique Fernandes e Felipe Avelino de Souza, conhecido como Mascherano, estão foragidos.
Também nessa quarta-feira, familiares de dois suspeitos de participar da emboscada, que terminou com a morte de Ferraz, foram ouvidos e liberados pela Polícia.
"Os trabalhos em campo para localização e prisão da dupla continuam, e os objetos apreendidos durante o cumprimento de oito mandados de busca e apreensão, na Capital e na Grande São Paulo, estão em análise pericial", disse a Secretaria da Segurança Pública do Estado.
Linhas de investigação
A força-tarefa criada para investigar o assassinato de Ferraz apura a ligação de um líder do PCC que deixou um presídio federal há um mês com o crime. A informação foi confirmada ao Estadão por fontes na área da segurança pública.
A investigação não descarta nenhuma possibilidade, mas trabalha com duas suspeitas principais: uma reação do Primeiro Comando da Capital (PCC) ou retaliação por sua atuação na prefeitura de Praia Grande (SP), onde era secretário de Administração. Não é descartada, porém, nenhuma linha de investigação.