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MTST: ocupação perto do Itaquerão mostra contradição da Copa

6 mai 2014 - 16h42
Segundo MTST, a única resposta do poder público até agora para o acampamento foi feita pelo prefeito Fernando Haddad, que disse que a prefeitura analisará se há realmente uma dívida e se a área é passível de produção de moradia.
Segundo MTST, a única resposta do poder público até agora para o acampamento foi feita pelo prefeito Fernando Haddad, que disse que a prefeitura analisará se há realmente uma dívida e se a área é passível de produção de moradia.
Foto: Bruno Santos / Terra

O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), que ocupa um terreno próximo à Arena Corinthians, popularmente conhecida como Itaquerão, em São Paulo, diz que o acampamento “escancara” as contradições causadas pela Copa do Mundo. O estádio será palco da abertura do evento.

“Não se trata apenas de uma oportunidade. A Copa do Mundo trouxe um processo de muita contradição. O nível de investimento que se teve nos estádios e em outras obras: R$ 30 bilhões do dinheiro público gasto na Copa, enquanto você vê precariedades em várias áreas sociais”, diz Guilherme Boulos, da coordenação do movimento, ao ser questionado se o evento esportivo representa uma oportunidade para os movimentos sociais. Não por acaso, o acampamento foi nomeado “Copa do Povo”.

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Boulos diz que a área está abandonada há 20 anos e é utilizada para especulação imobiliária, que é muito forte na área, principalmente devido ao evento esportivo. “Houve, por conta das obras do estádio e das obras viárias relacionadas ao estádio, uma especulação imobiliária muito grande na região, que aumentou o preço dos aluguéis, que criou um problema social que fez com que a ocupação ocorresse lá.”

O MTST explica que muitas famílias que estão no acampamento foram vítimas dessa especulação, pois não conseguiram mais pagar seus aluguéis. O movimento diz também que haveria uma dívida com o poder público e isso poderia viabilizar a compra do terreno. Segundo Boulos, a única resposta do poder público até agora para o acampamento foi feita pelo prefeito Fernando Haddad, que disse que a prefeitura analisará se há realmente uma dívida e se a área é “passível de produção de moradia”. 

Questionado se acredita que a Copa do Mundo verá muitos protestos, Boulos diz: “O MTST e o movimento de Resistência Urbana vão fazer sua parte fazendo mobilizações e levando as pautas dos trabalhadores.”

Por fim, o representante do MTST afirma que o acampamento vai durar o tempo que for necessário - “até uma solução para o problema de moradia”.

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Fonte: Terra
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