O Ministério Público de Minas Gerais pediu o bloqueio de bens do empresário Renê Nogueira Júnior, de 47 anos, suspeito de matar o gari Laudemir Fernandes, de 44, em Belo Horizonte.
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O órgão pediu o bloqueio de até R$ 3 milhões "com preferência para dinheiro em espécie ou depositado em qualquer modalidade de instituição e aplicação financeira”. Segundo o MPMG, a medida também deve atingir a esposa do suspeito, a delegada Ana Paula Lamego Balbino Nogueira, que "responde solidariamente pelo caso" por ser a dona da arma usada no crime.
O pedido é motivado pelo risco de que, após repercussão do caso, o casal possa desviar parte do patrimônio, o que impactaria no valor de uma possível indenização a familiares da vítima.
De acordo com o MPMG, o alto padrão de vida exposto pelo casal nas redes sociais e as trajetórias profissionais de ambos fazem presumir "a capacidade financeira para arcar com uma vultuosa quantia indenizatória".
Relembre o caso
Renê Nogueira Júnior se irritou com o caminhão de lixo, que estava bloqueando a rua, e ameaçou a motorista, antes de atirar contra o gari. O caso aconteceu no bairro Vista Alegre, em Belo Horizonte. A vítima foi socorrida e levada em uma viatura pela Polícia Militar ao hospital, onde morreu.
Renê foi preso no último dia 11, em uma academia, logo depois do ocorrido. A arma usada no crime pertencia à esposa dele, a delegada Ana Paula Lamego Balbino, que é investigada pela Subcorregedoria da Polícia Civil por possível negligência na guarda da arma.
De acordo com a Polícia Civil, o empresário confessou ter matado Laudemir. Durante interrogatório, ele informou que a esposa não tinha conhecimento de que ele tinha pegado a arma dela e que foi a primeira vez que ele usou o armamento, uma pistola calibre .380.
O Terra entrou em contato com a defesa de Renê, que disse que não irá se manifestar sobre o caso.