MPMG pede bloqueio de até R$ 3 milhões de empresário suspeito de matar gari

Órgão solicitou bloqueio para impedir desvio de bens em medida que deve afetar esposa de Renê Nogueira Júnior

19 ago 2025 - 12h58
(atualizado às 13h35)
Empresário preso por morte de gari confessa que cometeu o crime, diz polícia
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O Ministério Público de Minas Gerais pediu o bloqueio de bens do empresário Renê Nogueira Júnior, de 47 anos, suspeito de matar o gari Laudemir Fernandes, de 44, em Belo Horizonte.

O órgão pediu o bloqueio de até R$ 3 milhões "com preferência para dinheiro em espécie ou depositado em qualquer modalidade de instituição e aplicação financeira”. Segundo o MPMG, a medida também deve atingir a esposa do suspeito, a delegada Ana Paula Lamego Balbino Nogueira, que "responde solidariamente pelo caso" por ser a dona da arma usada no crime.

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O pedido é motivado pelo risco de que, após repercussão do caso, o casal possa desviar parte do patrimônio, o que impactaria no valor de uma possível indenização a familiares da vítima.

De acordo com o MPMG, o alto padrão de vida exposto pelo casal nas redes sociais e as trajetórias profissionais de ambos fazem presumir "a capacidade financeira para arcar com uma vultuosa quantia indenizatória". 

Renê da Silva Nogueira Junior em audiência de custódia
Renê da Silva Nogueira Junior em audiência de custódia
Foto: Reprodução/TJMG

Relembre o caso

Renê Nogueira Júnior se irritou com o caminhão de lixo, que estava bloqueando a rua, e ameaçou a motorista, antes de atirar contra o gari. O caso aconteceu no bairro Vista Alegre, em Belo Horizonte. A vítima foi socorrida e levada em uma viatura pela Polícia Militar ao hospital, onde morreu. 

Renê foi preso no último dia 11, em uma academia, logo depois do ocorrido. A arma usada no crime pertencia à esposa dele, a delegada Ana Paula Lamego Balbino, que é investigada pela Subcorregedoria da Polícia Civil por possível negligência na guarda da arma.

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De acordo com a Polícia Civil,  o empresário confessou ter matado Laudemir. Durante interrogatório, ele informou que a esposa não tinha conhecimento de que ele tinha pegado a arma dela e que foi a primeira vez que ele usou o armamento, uma pistola calibre .380.

O Terra entrou em contato com a defesa de Renê, que disse que não irá se manifestar sobre o caso.

Fonte: Redação Terra
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