Indígenas bloqueiam rodovia para reivindicar soltura de cacique preso na Bahia

Cerca de 30 manifestantes interditaram a BR-101 em Itamaraju

8 jul 2025 - 13h00
(atualizado às 13h34)
Resumo
Indígenas bloqueiam a BR-101 em Itamaraju (BA) para exigir a soltura do cacique Suruí Pataxó, preso por posse de armas; o protesto é pacífico, mas registrou um incidente envolvendo um caminhão.
Manifestação indígena interdita BR-101 em Itamaraju (BA)
Manifestação indígena interdita BR-101 em Itamaraju (BA)
Foto: Divulgação/PRF

Cerca de 30 indígenas realizam desde às 08h30 da manhã de segunda-feira, 7, uma manifestação com interdição total da BR-101, no km 793, nas proximidades do trevo de Itamaraju (BA), próximo à entrada do Parque Nacional do Monte Pascoal.

O objetivo da ação é reivindicar a soltura de Welington Ribeiro de Oliveira, o cacique Suruí Pataxó, em uma ação da Força Nacional de Segurança, na semana passada. 

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Welington e outras duas pessoas foram presas na última quarta-feira, 2, após agentes flagrarem o grupo com armas no território indígena de Barra Velha, zona de tensão agrária localizada em Porto Seguro.

Até a manhã desta terça-feira, 8, o bloqueio permanecia ativo. Os manifestantes exibem faixas com mensagens que alegam perseguição a lideranças da comunidade indígena local. 

A manifestação tem sido pacífica, embora um incidente tenha sido registrado ontem, por volta das 11h30, quando a condutora de um caminhão tentou ultrapassar o bloqueio aproveitando a liberação pontual de outro veículo. 

A condutora foi interceptada já na BR-498, onde foi retirada do veículo por manifestantes. O caminhão foi danificado e, segundo relatos, os manifestantes teriam ateado fogo no veículo. 

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“A mulher foi entregue à equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) visivelmente abalada, mas sem ferimentos aparentes. Ela relatou ter sido vítima de agressões físicas leves e ameaças. Após ser retirada do local com segurança, foi conduzida à Delegacia de Polícia Civil de Itamaraju para registro da ocorrência”, informou a PRF

O Terra procurou o Ministério da Justiça e Segurança Pública para entender as circunstâncias da prisão do líder indígena e dos outros envolvidos. Até a publicação desta matéria nenhuma resposta havia sido enviada. 

Fonte: Redação Terra
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