Um homem flagrado arremessando uma pedra contra um ônibus, na Avenida Cupecê, zona sul da capital paulista, foi detido pela Polícia Civil de São Paulo nesta sexta-feira, 25.
O ataque aconteceu na quinta-feira, 24. O suspeito de praticar o vandalismo foi filmado pelas câmeras do SmartSampa, programa de monitoramento da Prefeitura, localizado e levado para o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP-SP) informou que o autor "está sendo ouvido" e que o caso "segue sob apuração". A identidade do homem não foi informada e, por isso, sua defesa ainda não foi localizada.
Pelas imagens, compartilhadas pela Prefeitura, é possível ver um homem com uma blusa preta, atravessando a avenida até o canteiro central da via.
Ele corre até um bloco de concreto, joga contra o chão algumas vezes, pega um pedaço que se soltou e arremessa contra o pára-brisa de um ônibus que estava parado no semáforo.
O homem se vira e vai embora na sequência, andando rápido em meio aos pedestres que também passavam pela avenida na hora do ataque.
Segurança reforçada
Na última quinta-feira, a Prefeitura informou que 200 guardas civis metropolitanos passarão a andar nos ônibus. A medida foi adotada em resposta à onda de vandalismo contra o transporte coletivo que vem atingindo a capital e cidades da região metropolitana.
Há o plano ainda de colocar 200 policiais militares no interior dos ônibus para reforçar a proteção. "Os guardas (civis municipais) também prestam apoio nas saídas das garagens e ao longo do trajeto das linhas, que, por motivos estratégicos, não serão divulgadas. O uso de policiais da Operação Delegada para esse tipo de ação está em discussão com a Polícia Militar", informou a Prefeitura, em nota.
A onda de depredações de ônibus já soma mais de 500 casos apenas na capital, nos cálculos da SPTrans. Até o momento, 18 suspeitos foram presos, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), entre eles um funcionário público, Edson Aparecido Campolongo, e o seu irmão, Sergio Campolongo.
As investigações apontam que eles participaram de, ao menos, 18 ataques, concentrados nas cidades de São Paulo, Osasco e São Bernardo do Campo. Edson Campolongo confessou as ações. Com ele, foram localizadas bolas de metal, pedras e um estilingue.
A polícia chegou aos suspeitos depois de identificar que o carro usado por Edson estava sempre na cena dos apedrejamentos. À polícia, ele disse que realizou os ataques com a intenção de "consertar o País".
"Os delitos cometidos na cidade de São Paulo e região metropolitana continuam sendo investigados pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Capital, com o apoio de unidades regionais e da Divisão de Crimes Cibernéticos (DCCIBER)", informou a SSP-SP.
A pasta informou também que a Polícia Militar intensificou o patrulhamento em todo o Estado por meio da Operação Impacto - Proteção a Coletivos, "que conta com a mobilização de equipes do trânsito, choque e PMs da Rocam (Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas) para dar mais agilidade nas atividades realizadas em corredores de ônibus".