Governo do Rio pretende buscar água na Floresta da Tijuca

30 jan 2015 - 14h34
(atualizado às 14h35)
<p>Águas da Floresta da Tijuca podem servir de alternativa para o Sistema Guandu.</p>
Águas da Floresta da Tijuca podem servir de alternativa para o Sistema Guandu.
Foto: Twitter

O governo do Rio de Janeiro planeja ampliar a captação de água dos rios que nascem no Parque Nacional da Tijuca, na capital fluminense, como alternativa para reduzir a dependência da cidade em relação ao Sistema Guandu. A informação é do secretário estadual do Ambiente, André Corrêa, durante vistoria ao Rio Carioca, que nasce no parque.

“Pela vegetação, o parque é um celeiro de água e tem várias minas que já abastecem algumas comunidades. A gente vai fazer um balanço hídrico. Será que tem uma forma mais eficiente de tratar (a água do parque)? Isso vai ao encontro do que eu quero, aumentar a oferta hídrica de fontes que não são o Guandu. O Guandu já abastece essa região, mas a gente pode aliviar o Guandu”, disse Corrêa.

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Segundo ele, isso depende, no entanto, de um estudo de impacto ambiental, para evitar que as captações prejudiquem os corpos hídricos dentro do parque. O chefe da Parque Nacional da Tijuca, Ernesto Viveiros de Castro, diz que a Companhia Estadual de Águas, a Cedae, já faz captações dentro do parque, assim como moradores de comunidades do entorno.

“Já existem captações, muitas vezes precárias. Regularizar essa captação é interessante. Não resolve um problema na escala que a gente tem hoje, mas faz muito mais sentido adequar essa captação do que trazer água do Guandu para a cidade inteira”, disse.

Castro explicou que os rios do parque abastecem três bacias hidrográficas: a Baía de Guanabara, a Lagoa Rodrigo de Freitas e lagoas de Jacarepaguá. A Floresta da Tijuca, que integra o Parque Nacional, tem ligação histórica com o abastecimento de água do Rio de Janeiro. As primeiras captações para a cidade foram feitas em rios da região.

Na segunda metade do século 19, o Maciço da Tijuca já estava completamente devastado, já que serviu de espaço para cultivo de café. Em 1861, como forma de proteger os mananciais do Rio, o imperador Dom Pedro II resolveu reflorestar o maciço, revitalizando a Floresta da Tijuca.

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Agência Brasil
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