Estudante de Arquitetura é preso suspeito de depredar a prefeitura de SP

19 jun 2013 - 19h12
(atualizado às 22h02)
Um dos responsáveis por atos de vandalismo na frente da Prefeitura no sexto protesto contra o aumento da tarifa em São Paulo, nessa terça-feira, 18, é detido e presta depoimento na sede do Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (Deic) nesta quarta-feira (19). O universitário Pierre Ramon Alves de Oliveira, de 20 anos, é estudante de arquitetura da FMU. Ele atacou a Prefeitura e ajudou a queimar um carro da Record, segundo a polícia.
Um dos responsáveis por atos de vandalismo na frente da Prefeitura no sexto protesto contra o aumento da tarifa em São Paulo, nessa terça-feira, 18, é detido e presta depoimento na sede do Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (Deic) nesta quarta-feira (19). O universitário Pierre Ramon Alves de Oliveira, de 20 anos, é estudante de arquitetura da FMU. Ele atacou a Prefeitura e ajudou a queimar um carro da Record, segundo a polícia.
Foto: Futura Press
Jovem apareceria com máscara de gás em imagens divulgadas nas redes sociais
Foto: Reprodução

A Polícia Civil prendeu na tarde desta quarta-feira um dos jovens suspeitos de depredar a prefeitura de São Paulo em meio aos protestos contra o aumento da tarifa do transporte público na noite de ontem. Identificado apenas como Pierre, 20 anos, o suspeito é estudante de Arquitetura e seria o jovem que aparece com uma máscara de gás em imagens divulgadas nas redes sociais. As informações são da rádio CBN.

Um dos responsáveis por atos de vandalismo na frente da Prefeitura no sexto protesto contra o aumento da tarifa em São Paulo, nessa terça-feira, 18, é detido e presta depoimento na sede do Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (Deic) nesta quarta-feira (19). O universitário Pierre Ramon Alves de Oliveira, de 20 anos, é estudante de arquitetura da FMU. Ele atacou a Prefeitura e ajudou a queimar um carro da Record, segundo a polícia.
Foto: Futura Press

De acordo com a rádio, Pierre foi preso por volta das 13h, enquanto trabalhava com o pai entregando máquinas na região do aeroporto de Congonhas. Levado ao Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic) acompanhado do pai e de um advogado, o jovem afirmou que foi ao protesto com outros quatro amigos e que não teria relação com o Movimento Passe Livre (MPL), coletivo que organiza as manifestações.

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Cenas de guerra nos protestos em SP

A cidade de São Paulo enfrenta protestos contra o aumento na tarifa do transporte público desde o dia 6 de junho. Manifestantes e policiais entraram em confronto em diferentes ocasiões e ruas do centro se transformaram em cenários de guerra.

Durante os atos, portas de agências bancárias e estabelecimentos comerciais foram quebrados, ônibus, prédios, muros e monumentos pichados e lixeiras incendiadas. Os manifestantes alegam que reagem à repressão da polícia, que age de maneira truculenta para tentar conter ou dispersar os protestos.

Veja a cronologia e mais detalhes sobre os protestos em SP

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Mais de 250 pessoas foram presas durante as manifestações, muitas sob acusação de depredação de patrimônio público e formação de quadrilha. A mobilização ganhou força a partir do dia 13 de junho, quando o protesto foi marcado pela repressão opressiva. Bombas de gás lacrimogêneo lançadas pela Polícia Militar na rua da Consolação deram início a uma sequência de atos violentos por parte das forças de segurança, que se espalharam pelo centro.

O cenário foi de caos: manifestantes e pessoas pegas de surpresa pelo protesto correndo para todos os lados tentando se proteger; motoristas e passageiros de ônibus inalando gás de pimenta sem ter como fugir em meio ao trânsito; e vários jornalistas, que cobriam o protesto, detidos, ameaçados ou agredidos.

As agressões da polícia repercutiram negativamente na imprensa e também nas redes sociais. Vítimas e testemunhas da ação violenta divulgaram relatos, fotografias e vídeos na internet. A mobilização ultrapassou as fronteiras do País e ganhou as ruas de várias cidades do mundo. Dezenas de manifestações foram organizadas em outros países em apoio aos protestos em São Paulo e repúdio à ação violenta da Polícia Militar. Eventos foram marcados pelas redes sociais em quase 30 cidades da Europa, Estados Unidos e América Latina.

As passagens de ônibus, metrô e trem da cidade de São Paulo passaram a custar R$ 3,20 no dia 2 de junho. A tarifa anterior, de R$ 3, vigorava desde janeiro de 2011. Segundo a administração paulista, caso fosse feito o reajuste com base na inflação acumulada no período, aferido pelo IPC/Fipe, o valor chegaria a R$ 3,40.

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O prefeito da capital havia declarado que o reajuste poderia ser menor caso o Congresso aprovasse a desoneração do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) para o transporte público. A proposta foi aprovada, mas não houve manifestação da administração municipal sobre redução das tarifas.

Fonte: Terra
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