Câmeras flagram nova agressão a criança em escola de Paraí, e educadora é afastada

Caso foi descoberto após revisão de gravações; é o segundo episódio de violência na mesma instituição em menos de um ano

12 nov 2025 - 11h36

Uma educadora da rede municipal de Paraí, na Serra Gaúcha, foi afastada do cargo após ser flagrada por câmeras de segurança agredindo uma criança de dois anos em uma escola infantil do município. As imagens mostram a profissional agarrando a menina e, em outro momento, puxando o cabelo de outra criança. O caso, ocorrido em agosto, foi confirmado pela Prefeitura de Paraí, que instaurou processo administrativo disciplinar para apurar a conduta.

Foto: Arquivo pessoal / Reprodução / Porto Alegre 24 horas

O episódio é o segundo registro de violência infantil na mesma instituição em menos de um ano. Em abril, duas educadoras foram flagradas agredindo um menino de um ano e oito meses, sendo indiciadas e denunciadas por tortura qualificada. Elas já respondem à ação penal, que aguarda audiência de instrução.

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Descoberta e investigação

De acordo com o pai da vítima, a nova agressão foi descoberta durante a revisão das gravações feita pela prefeitura após o primeiro caso. Conforme as imagens eram analisadas, as famílias das crianças envolvidas eram contatadas. O pai relatou que houve demora na comunicação por parte da escola e afirmou que a filha apresenta mudanças de comportamento desde o ocorrido.

"Foi um mês de omissão da agressão por parte da escolinha, na pessoa da diretora e do poder público municipal. (…) Ela mudou muito depois do ocorrido. Estamos levando ela a uma psicóloga infantil", contou o pai da menina.

Segundo ele, a administração municipal orientou inicialmente que os responsáveis não registrassem boletim de ocorrência, afirmando que o próprio município o faria. O documento, porém, só foi formalizado em 11 de setembro, após insistência da família.

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Medidas adotadas

A Prefeitura de Paraí informou que adotou o mesmo protocolo do caso anterior: a educadora foi afastada imediatamente após a denúncia e um processo administrativo foi aberto em agosto, concluído em outubro. A exoneração da servidora está em análise.

O município afirmou ainda que instalou 60 câmeras de vigilância em salas de aula e áreas comuns de duas escolas municipais, além de criar um centro de monitoramento que funciona das 6h às 18h para acompanhar as atividades em tempo real.

A prefeitura reforçou que repudia qualquer forma de violência e que seguirá colaborando com o Ministério Público e a Polícia Civil nas investigações.

Com informações GZH

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