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Acusado de idealizar fraude apresenta atestado e não é ouvido pelo MP-SP

Promotor diz que mesmo assim, até a próxima segunda-feira, apresentará ação contra o auditor

26 nov 2013 - 19h39
(atualizado às 19h43)

O promotor do patrimônio Público e Social, César Dario Mariano, afirmou nesta terça-feira que o auditor Amilcar José Cançado Lemos, apontado como o idealizador do esquema de corrupção que causou prejuízo de até R$ 500 milhões aos cofres públicos - no recolhimento do Imposto sobre Serviços (ISS) da prefeitura de São Paulo - apresentou um atestado médico e deixou de ser ouvido nesta terça-feira, como estava previsto.

"Ele afirmou que esteve internado até ontem e pediu adiamento da audiência, alegando que não tinha como comparecer. Provavelmente ele não será ouvido, já que eu tenho prazo para propor a ação. Se eu não propuser essa ação até segunda-feira, os bens que estão bloqueados são liberados. O prazo é de 30 dias para propor essa ação por improbidade administrativa", afirmou Mariano.

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O promotor disse que estanhou a ausência de Amilcar, que já havia se ausentado quando foi chamado a primeira vez para dar a sua versão. "Ele teve oportunidade de se defender. Foram dados 10 dias para ele se manifestar. Ele já sabia dessa ação desde que eu fiz a busca e apreensão de documentos na casa dele. E por algum motivo ele não ofereceu defesa. Foi juntado um atestado médico de que ele compareceu a um hospital para fazer uma série de exames e foram dados quatro dias de descanso para ele. Ele teve duas oportunidades para se defender."

O promotor disse que, nesta terça-feira, duas novas empresas, além das seis investigadas, apareceram em documentos analisados. "Cada vez estão aparecendo mais empresas. A coisa está dando em galho. É preciso ver se houve redução de tributo. Se houve, serão duas empresas a mais. São documentos entregues pelo próprio (fiscal) Luiz Alexandre Cardoso Magalhães, também investigado".

Sobre a possibilidade de os investigados terem contas no exterior, ele disse que ainda é precipitado avaliar. "Vamos buscar. Temos instrumentos para buscar. Isso leva tempo. Não é de uma hora para outra."

Para o promotor Roberto Bodini, os documentos encontrados na casa de Luiz Alexandre não são atestados de idoneidade das empresas. "Encontramos alguns documentos referentes a empresas na casa do Luís Alexandre. É normal, trabalha com isso. Não quer dizer que todas estariam envolvidas com corrupção. Precisamos fazer uma análise mais profunda. São notas fiscais, certidões de quitação", disse ele.

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Fonte: Terra
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