O período de final de ano é marcado pelo aumento de exigências profissionais, trânsito intenso, obrigações familiares e pressões sociais relacionadas às festividades. Dados da Sociedade Brasileira de Clínica Médica (SBCM) indicam que os índices de estresse apresentam uma elevação de 75% neste período. Esse fenômeno é atribuído ao ritmo acelerado e à sensação de exaustão, fatores que geram impactos biológicos além da irritabilidade.
A manutenção de um estado de alerta constante pode resultar em fadiga, tensões musculares e alterações nos hábitos alimentares, como compulsão ou falta de apetite. Além disso, o quadro de estresse tem potencial para agravar condições clínicas preexistentes, a exemplo de:
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Hipertensão arterial
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Gastrites
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Diabetes
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Síndrome do intestino irritável
O desgaste emocional torna-se um sinal de alerta quando prejudica a rotina do indivíduo. Sintomas como insônia, falta de concentração, preocupação excessiva, palpitações e cefaleias frequentes indicam a necessidade de intervenção terapêutica para restabelecer o equilíbrio do corpo.
Diante do aumento dessas queixas, que aumentam no final do ano, a procura por tratamentos não farmacológicos tem crescido, com ênfase na acupuntura. Este método, integrante da Medicina Tradicional Chinesa, utiliza a inserção de agulhas em pontos específicos para acionar mecanismos reguladores do próprio corpo.
Fisiologicamente, a técnica estimula a produção de neurotransmissores como endorfina e serotonina, que promovem a sensação de bem-estar. Simultaneamente, ocorre uma redução nos níveis de adrenalina e cortisol, substâncias diretamente ligadas à resposta de estresse.
De acordo com o Dr. Sidney Brandão, médico acupunturista e presidente do Colégio Médico de Acupuntura de São Paulo, o estresse causa uma hiperatividade no Sistema Nervoso Simpático. Essa divisão do sistema nervoso é responsável pela reação de "luta ou fuga", que, em excesso, predispõe o indivíduo a diversas patologias.
A aplicação da acupuntura atua no restabelecimento do equilíbrio entre o Sistema Simpático e o Parassimpático. Os resultados relatados por pacientes incluem a melhora na qualidade do sono, redução da ansiedade, alívio de dores musculares e maior clareza mental. A prática é apontada como um suporte para o enfrentamento do período de final de ano, devendo ser precedida por avaliação médica e integrada a um planejamento terapêutico.