Prefeito do PT ataca religiões de matriz africana em discurso: ‘Se ofenda quem quiser se ofender’

Aristeu Eduardo comanda a cidade de Ararendá (CE) e sofreu críticas nas redes sociais

2 out 2025 - 11h36
(atualizado às 11h41)
Resumo
O prefeito de Ararendá (CE), Aristeu Eduardo, criticou religiões de matriz africana em discurso, causando polêmica e sendo acusado de intolerância religiosa nas redes sociais.
Aristeu Eduardo (PT) foi acusado nas redes sociais de intolerância religiosa
Aristeu Eduardo (PT) foi acusado nas redes sociais de intolerância religiosa
Foto: Reprodução/Aristeu Eduardo/Facebook

O prefeito da cidade de Ararendá (CE), Aristeu Eduardo (PT), criticou religiões de matriz africana enquanto discursava na inauguração de uma praça, na noite da última terça-feira, 30. Ele chega a citar um ex-prefeito da cidade e falou em ‘macumba’ de maneira pejorativa. Nas redes sociais, internautas criticaram-no e apontaram que ele teria praticado intolerância religiosa

O discurso para a população foi realizado na inauguração da praça da localidade de Barriguda. O político menciona opositores políticos e uma mulher, que seria a mãe de “dois pagãos”, ou seja, pessoas que não seguem o cristianismo. 

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“Esse povo se passa de 'bem' de manhã, na frente da sociedade e, à noite, vai bater tambor nos terreiros de macumba. Então, fiquemos atentos, pessoal. Isso está nas escrituras, que nós conhecemos, que ficaram escritas para  dar o norte para a sociedade. Se ofenda quem quiser se ofender, mas nós somos seguidores de Cristo”, afirma. 

Em seguida, Aristeu Eduardo diz que fica “preocupado” e tem o “dever” de alertar a sociedade. “Eu tenho dever, como cidadão, como cristão, como líder político, como prefeito de alertar a sociedade para esse tipo de gente que prega valores que eles não seguem, e que tentam tumultuar. Eu tenho visto várias pessoas já adoecendo mentalmente, devido a tanta perturbação dessa turma”, reforça. 

Enquanto as pessoas que estavam na praça o aplaudiram, nas redes sociais ele foi criticado. Os internautas o chamaram de preconceituoso e disseram que ele praticou intolerância religiosa, o que é crime no Brasil. 

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O Terra procurou a assessoria da Prefeitura de Ararendá, mas não teve retorno até o momento. O espaço permanece aberto para manifestações. 

Procurada, a Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) orienta que vítimas do crime de intolerância religiosa compareçam a uma delegacia para registrar Boletim de Ocorrência (BO) e passar informações sobre o caso. O registro também pode ser feito na Delegacia Eletrônica (Deletron), no site https://www.delegaciaeletronica.ce.gov.br, em qualquer hora do dia ou da noite.

Fonte: Portal Terra
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