--
Pessoas com deficiência têm representação pífia em anúncios nas mídias sociais e aparecem em apenas 0,9% das publicações, segundo a sétima edição do estudo 'Diversidades na Comunicação de Grandes Marcas em Redes Sociais', produzido por Buzzmonitor com SA365 e Elife, publicado em 30/10. Foram analisadas 6.124 publicações de imagem feitas por 261 perfis dos 20 principais anunciantes do País em 2024.
Os segmentos de cuidados com o lar, higiene e heleza são os que mais apresentam gente com deficiência. "O cenário diverge de dados sobre pessoas com deficiência e seu potencial de consumo. Em todo Brasil, em 2024, 549.940 mil trabalhadores com deficiência tinham vínculo empregatício, de acordo com a Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) do Ministério do Trabalho, em dados foram analisados com base no eSocial (Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas). Todos os segmentos de mercado podem representar pessoas com deficiência na comunicação digital, no entanto, mesmo segmentos que já costumam fazer isso em canais especializados, como revistas sobre automóveis e suas adaptações, não utilizam desse potencial nas mídias sociais", dizem os pesquisadores.
Há presença de pessoas com deficiência em cenas domésticas, com dispositivos visíveis, como cadeira de rodas e prótese, enfatizando independência no dia a dia, com narrativas de performance ou celebração que reforçam competência e orgulho. Marcas de higiene e saúde abordam necessidades específicas, uso de escovas elétricas ou comunicação para autismo, dando tom educativo e funcional.
Mulheres com deficiência estão em 1,1% dos anúncios, com prevalência feminina em abordagens sobre a diversidade das deficiências.
Foram dez grupos estudados: mulheres, homens, negros, brancos, pessoas com deficiência, LGBTQIAPN+, idosos, gordos, indígenas e asiáticos. E nove categorias: financeiro, higiene e beleza, bens de consumo, varejo, automotivo, alimentos e bebidas, farmacêutico, bets e também cuidados com o lar.
Segundo o Censo 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nosso País tem 14,4 milhões de pessoas com deficiência, considerando dificuldades permanentes de visão, audição, mobilidade, coordenação motora fina e funções mentais, além 2,4 milhões de autistas com diagnóstico confirmado.
--
--