Desde que o Fiat Fastback T200 Hybrid chegou ao mercado, o principal debate girava em torno da sua real eficiência fora dos números de laboratório. Afinal, o sistema híbrido leve prometia reduzir o consumo, mas muitos ainda duvidavam do quanto essa economia seria perceptível no uso diário.
Para tirar essa dúvida, o modelo foi submetido a um teste prático, com gasolina comum e condições reais de tráfego. O resultado surpreendeu, como mostrou o Mundo do Automóvel para PCD, o Fiat Fastback Impetus híbrido mostrou na prática que pode ser muito mais eficiente do que sugerem os números oficiais do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV).
Em um teste real de consumo, o SUV compacto registrou 22,3 km/l em ciclo misto e 15,3 km/l em ciclo rodoviário, médias que superam com folga os dados oficiais do Inmetro, que apontam 12,6 km/l no uso urbano com gasolina.
O trajeto urbano-misto incluiu 10 quilômetros entre a Vila Madalena e a Marginal Pinheiros, em São Paulo. Nessa rota, as condições foram de subidas constantes típicas do bairro e trechos de trânsito intenso na marginal, com momentos de “para e anda”, mas houve momentos de conseguir devolver um pouco mais na marginal, porém, não ao ponto de chegar no limite de 90 km/h permitido na via.
Na parte rodoviária, o teste foi realizado em um percurso de 64 quilômetros pela Rodovia Castelo Branco, com velocidades variando entre 90 km/h e 120 km/h. Mesmo em uso real, com ar-condicionado ligado e retomadas ocasionais, o Fiat Fastback híbrido registrou média de 15,3 km/l, resultado superior aos 13,9 km/l divulgados pelo Inmetro. A diferença mostra que, em condições reais, o conjunto híbrido leve T200 mantém bom equilíbrio entre desempenho e eficiência.
Sob o capô, o Fiat Fastback T200 Hybrid traz o motor 1.0 turbo flex de três cilindros, capaz de entregar 130 cv com etanol e 125 cv com gasolina, sempre a 5.750 rpm. O torque é de 20,4 kgfm, disponível já a 1.750 rpm, garantindo boas respostas mesmo em baixas rotações.
O conjunto é auxiliado por um motor elétrico dianteiro de 4 cv e 1 kgfm, alimentado por uma bateria de 0,132 kWh, que atua nas partidas e em retomadas curtas para aliviar o esforço do motor a combustão. Essa combinação melhora a eficiência, especialmente em tráfego urbano, onde há mais frenagens e desacelerações.
A transmissão é CVT com simulação de sete marchas, fornecida pela japonesa Aisin, com tração dianteira.
No fim, o teste confirma que o Fiat Fastback híbrido surpreende em condições reais, o SUV cupê provou que é possível aliar desempenho e economia. Com médias acima do esperado, o modelo reforça que a tecnologia híbrida da Stellantis entrega ganhos concretos no dia a dia.
Por fim, ressalto que que os resultados podem variar conforme o tipo de trajeto, o combustível utilizado e, principalmente, o estilo de condução de cada motorista. Acelerações bruscas, uso constante do ar-condicionado e trânsito mais intenso tendem a elevar o consumo, enquanto uma condução mais suave, com antecipação de frenagens e ritmo constante, pode render médias ainda melhores.