Ricaços não querem supercarros elétricos, e sim 'experiência analógica'

Segundo dono da Rimac, supercarros elétricos perderam sua exclusividade depois da popularização da tecnologia

13 mai 2024 - 13h35

Se os superesportivos elétricos eram sinônimo de exclusividade quando surgiram, hoje, com a tecnologia se difundindo para modelos mais populares, os consumidores abastados perderam o interesse em acelerar carrões alimentados por baterias. É o que diz Mate Rimac, CEO da marca que leva seu nome. De acordo com o executivo, os ricaços atualmente querem uma experiência mais analógica com grandes bebedores de gasolina.

Parte desse pensamento pode vir do fato de que o hiperesportivo da empresa, o Nevera, não fez jus às expectativas de vendas. Apresentado em 2021, a ideia era produzir apenas 150 unidades exclusivas para compradores endinheirados, mas somente pouco mais de 50 carros ganharam novos donos. O cupê de dois lugares revolucionou a indústria com seu design ousado e quatro motores para entregar 1.914 cv, provando que carros elétricos não deixavam nada a desejar em relação a similares a combustão.

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Rimac não fará mais carros elétricos

Assim, a Rimac não tem planos de produzir outro modelo elétrico, ao menos em curto prazo. O CEO afirma também que seus clientes não são seguidores de tendências e ainda resistem em gastar milhões de dólares em veículos que têm aparência e comportamento diferentes dos supercarros pelos quais são apaixonados. Dessa forma, o próximo modelo da fabricante pode tanto ter um trem de força tradicional como receber algo totalmente diferente, como gás liquefeito de petróleo (LPG), hidrogênio ou até tecnologia de nanotubos de carbono, por exemplo.

Na época, pensamos que carros elétricos seriam considerados legais nos anos seguintes, com os melhores desempenhos, e assim por diante. Mas notamos agora que ao tornar a eletrificação algo comum, consumidores de alto padrão querem se diferenciar da maioria?, afirma Rimac.

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