O Vasco da Gama chegou em sua terceira final de Copa do Brasil e ficou com o vice pela segunda vez. Muitos vão lamentar a derrota para o Corinthians por um bom tempo, mas a diretoria vascaína tem trabalho pela frente. Um novo ano se aproxima e o técnico Fernando Diniz já discute os próximos passos do Vasco.
"De uma maneira preliminar já estamos pensando em 2026, mas de forma incipiente", disse o técnico em entrevista coletiva. Jogos decisivos na Copa do Brasil impediram o Vasco de acelerar o planejamento.
Sem vaga para a próxima Libertadores, o Vasco se contenta com Conmebol Sul-Americana. O poder de investimento do clube continua inferior a clubes como Flamengo, Palmeiras e Botafogo, mas o diretor Admar Lopes mostrou que pode surpreender a torcida.
"Obviamente o maior ganho do time é a manutenção da base e depois repor pontualmente. Daquele jeito que vocês sabem, o Vasco tem dificuldade financeira. Todo mundo sabe. Não vamos contratar o Vitor Roque por 25 milhões de euros, ou Paulinho, do Atlético-MG, que é cria do Vasco. Vamos tentar fazer alguma coisa como fizemos na janela do meio do ano, quando fomos bastante assertivos, para poder pontualmente ajustar o elenco", afirmou Diniz.
"O time hoje é competitivo. Precisa melhorar dentro da condição. Não é que é um cenário pessimista, é o cenário real. Como que falo que vai contratar jogador por 25, 30 milhões de euros hoje? Se conseguimos segurar o Rayan, temos que dar graças a deus. Porque se vender, não vamos contratar outro. O Rayan hoje deve valer 40 milhões de euros. Como vamos contratar um jogador de 40 milhões de euros? Temos que trabalhar muito, tentar acertar pontualmente em contratações como fizemos no meio do ano, participaram Adhemar, Felipe que é uma das pessoas que me ajuda aqui. Felipe é uma das pessoas mais importantes do Vasco e se fala pouco. Foi uma grande janela, muito sacrificante e também demos sorte", acrescentou.
Aprendizados do Vasco
A equipe vascaína foi superior ao Corinthians nas duas decisões e falhou exatamente quando não podia. No final das contas, a inexperiência do Vasco em finais abriu brecha para o Corinthians armar um contra-ataque fatal. Além disso, o aprendizado para ano que vem é fazer um Campeonato Brasileiro mais tranquilo e consistente.
Segundo Fernando Diniz, o Vasco da Gama tem uma base para 2026, mas a mentalidade precisa ser outra. Criar a famosa 'casca' é fundamental. A ideia é que a equipe apareça com mais frequência em finais.