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Técnicos recebem suspensão por má conduta após denúncias graves

O U.S. Center for SafeSport suspendeu os treinadores Al Fong e Armine Barutyan por conduta considerada inadequada. As punições variam de um ano até 2030, e o casal ainda pode recorrer da decisão.

24 dez 2025 - 12h03
Foto: Esporte News Mundo

Dois treinadores históricos da ginástica artística dos Estados Unidos foram suspensos pelo U.S. Center for SafeSport, entidade responsável por apurar denúncias de abusos no esporte olímpico do país. Al Fong recebeu punição válida até dezembro de 2030, enquanto Armine Barutyan foi suspensa por um ano. Ambos têm prazo de dez dias para recorrer da decisão.

Al Fong e Armine Barutyan –
Foto: Reprodução / Esporte News Mundo

O casal, que fundou a academia Great American Gymnastics Express (Cage), no estado do Missouri, é investigado por práticas consideradas inadequadas no trato com atletas, incluindo suspeitas de abuso físico e emocional. Ao longo de décadas, os dois trabalharam na formação de ginastas medalhistas em competições olímpicas e mundiais.

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Segundo a decisão divulgada nesta terça-feira, Fong (ex-treinador das vice-campeãs olímpicas Terin Humphrey e Courtney McCool, em Atenas 2004) recebeu a sanção mais longa. Barutyan, ex-atleta da Armênia, atuou recentemente como treinadora da seleção americana no Pan Júnior, realizado em agosto, em Assunção.

Em nota, a Cage afirmou apoiar a missão da SafeSport, mas contestou a punição aplicada aos fundadores. A academia declarou discordar do resultado da investigação e alegou que a decisão foi tomada sem a oitiva de testemunhas, com base apenas na avaliação de um comitê interno.

O histórico de Fong inclui episódios marcantes da ginástica americana nos anos 1990. Em 1991, a ginasta Julissa Gomez morreu aos 18 anos após sofrer uma grave lesão durante o aquecimento para uma prova de salto. Três anos depois, Christy Henrich faleceu aos 22 anos em decorrência de complicações causadas por anorexia.

Criada em 2017 por determinação do Congresso dos Estados Unidos, a SafeSport atua de forma independente no combate a abusos físicos, emocionais e sexuais no esporte olímpico e paralímpico. Apenas em 2024, a entidade recebeu cerca de 8 mil denúncias para apuração.

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