O atacante Gabriel Barbosa, o Gabigol, não deve deixar o Santos antes de agosto de 2016. A projeção partiu de seu próprio estafe. Uma saída na atual janela de transferências internacionais, que se encerra no próximo dia 30 de agosto, ja é totalmente descartada. A expectativa para o novo acordo contratual, no entanto, ainda está longe de um desfecho e tem reunião considerada importante na próxima semana.
"Estive com o Odílio (Rodrigues, presidente) e o André (Zanotta, superintendente de futebol). Estamos tratando da renovação dele com o maior carinho porque hoje o Gabriel é um menino que precisa do Santos, como o Santos precisa dele. Ele é patrimônio do clube. O contrato termina daqui a exatamente um ano, poderíamos pensar em pré-contrato, mas não pensamos em tirá-lo do Santos até, pelo menos, a Olimpíada (no Rio de Janeiro, em 2016). Palavras minhas, pode ter certeza que não sai nessa janela", assegurou o empresário.
O Santos informou no início de junho o reajuste salarial de seu camisa 10, artilheiro da equipe na temporada, com 16 gols. O aumento prévio foi chamado de "troca de intenções" pelo presidente do clube, Odílio Rodrigues, mas não assegura a renovação contratual do jovem, que só pode assinar um novo vínculo a partir de 30 de agosto, quando completa 18 anos.
Gabriel tem contrato com o clube até 24 de setembro de 2015 e preocupa os dirigentes pelo recente histórico de problemas para renovar com suas principais promessas. Neilton e Victor Andrade, apontados como sucessores de Neymar, são os principais casos. O primeiro despontou no último Campeonato Brasileiro, mas não acertou a renovação, acabou encostado e foi para o Cruzeiro. Victor Andrade foi liberado antes do fim do contrato para o Benfica, de Portugal.
"Não está longe, faltam algumas coisas. A parte econômica, em geral", explicou Ribeiro. "Nem chegamos ao dia 30, ele sequer poderia assinar contrato. Semana passada almocei com o Odílio e temos uma nova reunião importante na semana que vem", completou.
A conversa dos valores vai desde a discussão pela divisão na exploração dos direitos de imagem do atleta - hoje 70% do Santos e 30% do jogador -, até a bonificação pelo novo vínculo, salários e a sua duração. O primeiro é o maior ponto da discórdia. O estafe e a a família acreditam poder potencializar ganhos com maior parte na exploração de sua imagem.
Ribeiro diz ter recebido ainda uma série de sondagens de clubes europeus pelo jovem jogador, mas as rechaçou: "hoje ele não quer ser vendido. Ligam pessoas de uma série de clubes da Europa, mas nem falo de dinheiro". O futebol alemão surgiu como o principal intereressado.
O Santos possui 60% dos direitos econômicos do atleta, enquanto os outros 40% são da família. Gabriel é ao lado de Giva e Victor Andrade um dos três jovens inclusos no acordo de preferência de compra ao Barcelona, da Espanha, firmado na venda do atacante Neymar. Os catalães pagaram 7,9 milhões de euros (R$ 24 milhões à época).
