Leila Pereira criticou decisões do STJD em julgamentos de jogadores de Palmeiras e Flamengo, pedindo equilíbrio e imparcialidade para não influenciar o desfecho do Brasileirão, disputado ponto a ponto entre os clubes.
Leila Pereira reclamou das decisões do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) nos julgamentos de Allan, do Palmeiras, e Bruno Henrique, do Flamengo, nesta segunda-feira, 10. Enquanto o atleta palestrino teve suspensão de dois jogos mantida, a auditoria pediu vista e adiou a conclusão do julgamento do ídolo rubro-negro.
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"O Palmeiras sempre respeitou, e seguirá respeitando, as instituições, mas espera o mesmo respeito de volta. O que está acontecendo não é justo”, iniciou a presidente palmeirense em comunicado enviado à imprensa, antes de prosseguir mencionando os dois casos.
"Um atleta é condenado por uma infração grave e joga normalmente por dois meses, inclusive fazendo gols e decidindo jogos. Aí, quando finalmente é marcado o novo julgamento, vota-se pela absolvição deste atleta e a sessão é adiada. Enquanto isso, o Allan, que era réu primário, pega duas partidas de suspensão por um lance de jogo e depois tem a punição ratificada pelo Tribunal em pouco mais de 15 dias. E tudo isso acontece em uma semana decisiva, quando já teríamos vários desfalques por conta da Data Fifa. Não queremos ser beneficiados, mas não aceitamos ser prejudicados”, disse.
Até o momento da interrupção, Bruno Henrique havia recebido um voto a seu favor no caso da acusação de que teria avisado ao irmão que receberia cartão amarelo. Sergio Furtado Filho, relator do inquérito, votou pela absolvição no artigo 243-a, que prevê até 12 jogos de suspensão, e a punição no artigo 191, com multa de R$ 100 mil, e sem punição em jogos.
Com o julgamento adiado para quinta-feira, às 15h, existem quatro cenários possíveis para o ídolo do Rubro-Negro: absolvição, redução da pena, manutenção da suspensão de 12 jogos e aumento da duração do gancho.
O julgamento de Allan, por outro lado, foi referente ao cartão vermelho recebido por falta em Samuel Xavier na partida contra o Fluminense. Como a Procuradoria interpretou o lance como ato desleal ou hostil, ficou definida uma pena de dois jogos de suspensão.
O primeiro foi cumprido automaticamente, mas o Palmeiras tentou reverter o segundo jogo da expulsão, o que não aconteceu. Em seu pronunciamento, Leila pediu para que a Corte não interfira no resultado do Campeonato Brasileiro.
"O Palmeiras espera que o STJD adote uma postura equilibrada, para que suas decisões não influenciem o curso de um dos campeonatos mais disputados dos últimos anos. Que o campeão seja decidido dentro de campo”, completou.
Com 32 jogos disputados por cada um, o Palmeiras lidera o Brasileirão com 62 pontos. O Flamengo tem a mesma pontuação, mas leva a pior por ter uma vitória a menos e, consequentemente, ocupa a segunda colocação.