Uma nota oficial da Mancha Verde, neste fim de semana, expôs o descontentamento da principal organizada do Palmeiras com o planejamento esportivo conduzido por Leila Pereira, Anderson Barros e Abel Ferreira para 2025. Em tom crítico, o comunicado reuniu cobranças administrativas e ao uso de recursos, além da responsabilização nominal pela temporada sem títulos.
No texto "Planejamento 2025: os culpados — Leila, Barros e Abel", a torcida afirmou que o investimento de R$ 700 milhões em reforços "impõe responsabilidade máxima" e alegou que a diretoria errou na condução das contratações. A organizada citou Carlos Miguel, Vitor Roque, Paulinho e Andreas Pereira como apostas justificáveis, mas sustentou que o restante das chegadas seguiu um modelo voltado à revenda.
Segundo a nota, "pagaram-se valores milionários como se fossem atletas prontos, não promessas", e a opção por jovens estrangeiros contrariou a lógica de apostar na base. O grupo apontou Lucas Evangelista como exceção entre os reforços, ressaltando que o meio-campista "vinha justificando o investimento".
Falhas estruturais
O comunicado ainda relacionou os resultados de 2025 às falhas estruturais da gestão Leila Pereira. A organizada afirmou que "os resultados da temporada não foram obra do acaso" e atribuiu eliminações e vice-campeonatos a um planejamento conduzido por "uma presidente que não entende de futebol".
Abel Ferreira também figura como um dos responsáveis, mencionado, aliás, como "um treinador inconsequente" na nota. Além da dupla, Anderson Barros é citado como "um diretor de futebol fraco".
Desse modo, a nota alega que o atual sistema "destrói" a estrutura sólida deixada pelos antecessores de Leila Pereira. A saber, os ex-presidentes Paulo Nobre e Maurício Galiotte, responsabilizando o trio por tal desmantelamento.
Organizada do Palmeiras faz menções individuais
A nota se encerra com outra leva de responsabilidades particulares. Em um trecho, a organizada acusa Leila Pereira de buscar "notoriedade e reconhecimento público", além de uso pessoal do dinheiro para "comprar tudo o que queria no clube".
No trecho em questão, Anderson Barros surge como vilão por negociações "mal conduzidas" e por "pagar valores absurdos em atletas que não corresponderam". Abel Ferreira, por fim, foi cobrado por coerência e desempenho.
A organizada se estendeu no trecho referente ao técnico, questionando-o, sobretudo, por declarações ao longo da temporada. "O futebol que o time apresenta, pelo que se gastou, não condiz com o salário que você recebe", escreveu a torcida.
A nota se encerra com cobranças ao clube pelos equívocos no planejamento de 2025. Além disso, reitera que a diretoria deve se responsabilizar pelo uso de quase R$ 700 milhões, em contraste com a estrutura de gestão anteriores.
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