A VR46 vai fazer em 2021 a primeira incursão na MotoGP, mas ainda não sabe dizer se esse é o primeiro passo para uma equipe própria na classe de elite do Mundial de Motovelocidade. O time de Valentino Rossi desembarca na categoria neste ano por causa de uma aliança com a Avintia e a Ducati.
Até o ano passado, a VR46 estava presente em Moto3 e Moto2, mas deixou a categoria menor para saltar para a classe de cima com Luca Marini. O piloto de Tavullia está integrado à equipe de Raúl Romero, mas leva as cores da VR46 e conta com o trabalho de alguns integrantes da estrutura do irmão.
Apesar da diferença de cores entre Marini e Enea Bastianini, a equipe terá Rubén Xaus como chefe, mas Pablo Nieto será o responsável por tudo que envolve Luca e a parceria com a Avintia. Roberto Locatelli vai atuar como coach de pilotagem de Luca. Christian Dionigi e Gianluca Falconi serão os mecânicos do piloto de 23 anos.
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Em entrevista exclusiva ao GRANDE PRÊMIO, Nieto explicou um pouco mais da relação com a Avintia.
"Nós temos um acordo com a Esponsorama e a Ducati que inclui Luca como nosso piloto na MotoGP, com alguns dos nossos integrantes e técnicos lá e a moto completamente pintada com os nossos gráficos, então é realmente uma cópia da nossa moto na Moto2"", disse Nieto. "Estamos completamente envolvidos neste projeto. Luca é piloto do nosso time tanto quanto Marco [Bezzecchi] ou Celestino [Vietti, da Moto2], ainda é parte da nossa família e estão muito orgulhosos por estarmos ao lado dele neste grande, grande, grande passo para a classe rainha", comentou.
Questionado pelo GP se vê este como o primeiro passo para que a VR46 tenha uma equipe própria na MotoGP, Nieto respondeu: "É uma boa pergunta, mas ainda é cedo".
"Fizemos apenas o primeiro dia de testes ― o shakedown. Chegar até aqui é uma grande satisfação para nós. Precisamos trabalhar muito e aí veremos o que acontece", completou.
Diretor-executivo da Dorna, Carmelo Ezpeleta já disse reiteradas vezes que haverá um lugar para a VR46 se Valentino Rossi efetivamente quiser uma equipe. O salto, porém, depende inclusive da disponibilidade de motos.
Em se tratando de Rossi, natural pensar que a Yamaha é a primeira escolha, mas a fábrica de Iwata já discute com a SRT a renovação do contrato. A Suzuki também foi ventilada como opção, mas ainda não definiu se vai expandir a presença na MotoGP.
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