O Remo foi punido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pela confusão registrada na partida contra o Avaí, válida pela 37ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, disputada no dia 15 de novembro, na Ressacada. A informação foi confirmada pelo Globo Esporte.
O julgamento ocorreu nesta segunda-feira (15) e resultou na perda de um mando de campo, multa financeira e suspensões para dois atletas do clube paraense.
De acordo com a decisão, o Remo terá de cumprir um jogo sem atuar como mandante no Brasileirão, além de pagar multa de R$ 35 mil.
A punição está relacionada ao confronto entre torcedores das duas equipes nas arquibancadas do estádio catarinense. O episódio foi relatado em súmula pelo árbitro Felipe Fernandes de Lima e enquadrado no artigo 257 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que trata de participação em rixa, conflito ou tumulto durante a partida.
Como não foi possível identificar os responsáveis diretos pela briga nas arquibancadas, a responsabilidade recaiu sobre o clube. O STJD aplicou a pena mínima prevista no regulamento: um jogo de perda de mando, além da sanção financeira.
Além das punições institucionais, o Remo também foi afetado esportivamente. Os uruguaios Diego Hernández e Nico Ferreira, expulsos durante a partida, foram julgados pelo artigo 254-A, que se refere à prática de agressão física. Ambos receberam suspensão de quatro jogos, punição que pode variar de quatro a doze partidas.
A confusão envolvendo os jogadores ocorreu aos 57 minutos do segundo tempo, logo após a paralisação causada pelo tumulto nas arquibancadas. Com o Avaí vencendo por 3 a 1, a equipe catarinense teve um escanteio pela direita. Após a cobrança curta, o Remo recuperou a bola, mas Marquinhos Gabriel tentou retardar a reposição. Na sequência, Diego Hernández desferiu um soco no jogador do Avaí, iniciando uma confusão generalizada. Nico Ferreira entrou no confronto ao partir para cima de Emerson Ramon, o que agravou a situação no gramado.
Após o julgamento, o Remo informou que irá recorrer da decisão. Em contato do GE com o departamento jurídico do clube, o advogado Gustavo Fonseca afirmou que a diretoria confia nas provas reunidas e trabalha para reverter as punições. Segundo o clube, o caso precisa ser analisado com maior profundidade, inclusive levando em consideração um episódio de racismo registrado durante a partida, envolvendo uma torcedora do Avaí contra torcedores remistas.
Caso o recurso não seja aceito, o Remo terá de buscar alternativas para mandar seu primeiro jogo em casa no retorno à Série A, além de não contar com Diego Hernández e Nico Ferreira nas quatro rodadas iniciais do Campeonato Brasileiro.