A Justiça argentina definiu para o dia 17 de março de 2026 o início do novo julgamento sobre a morte de Diego Armando Maradona.
O processo, que será conduzido em San Isidro, na região metropolitana de Buenos Aires, foi remarcado após a anulação do primeiro julgamento, em meio a um escândalo envolvendo uma das juízas que participava da produção de um documentário sobre o caso.
O tribunal também convocou uma audiência preliminar para 12 de novembro deste ano, quando serão analisadas e admitidas as provas apresentadas pelas partes.
O caso investiga as circunstâncias da morte de Maradona, ocorrida em 25 de novembro de 2020, aos 60 anos, em decorrência de um edema pulmonar durante uma internação domiciliar após uma cirurgia cerebral.
O primeiro julgamento havia começado em março de 2024 e já somava mais de 20 audiências e 40 testemunhos, incluindo o das filhas do ex-jogador, Dalma, Gianinna e Jana.
No entanto, em junho, o processo foi anulado depois que a juíza Julieta Makintach foi afastada por aparecer em imagens e roteiros de um documentário não autorizado sobre o caso, o que foi considerado violação da imparcialidade.
A decisão de anular o julgamento foi tomada pelos outros dois juízes do tribunal, Maximiliano Savarino e Verónica Di Tomasso, que declararam que a atuação de Makintach "causou danos às partes acusadoras e às defesas" e violou o direito das partes de serem julgadas por um tribunal imparcial.
Após a anulação, a Justiça sorteou um novo colegiado, formado pelos juízes Roberto Gaig, Alejandro Lago e Alberto Ortolani. Eles serão responsáveis por conduzir o processo que tem sete profissionais da saúde entre os réus, incluindo o neurocirurgião Leopoldo Luque, médico pessoal de Maradona, acusados de homicídio com dolo eventual, figura jurídica que indica a consciência de que suas ações poderiam levar à morte do paciente. As penas podem variar de oito a 25 anos de prisão.
Uma oitava acusada, uma enfermeira que também acompanhava o tratamento de Maradona, será julgada separadamente por um júri popular.